Professora é acusada de homofobia por dizer que “o homem foi feito para a mulher”

A profissional deixou claro que se tratava de uma opinião pessoal, mesmo assim, os alunos fizeram um vídeo e a denunciaram.

fonte: Guiame, com informações de G1

Atualizado: Terça-feira, 16 Agosto de 2022 as 2:37

Professora acusada de homofobia por defender o óbvio. (Foto: Captura de tela/Vídeo Reprodução/TV Anhanguera)
Professora acusada de homofobia por defender o óbvio. (Foto: Captura de tela/Vídeo Reprodução/TV Anhanguera)

A professora de inglês, Maria Elizete Anjos, que leciona no Colégio Municipal Castro Alves, em Posse, no nordeste de Goiás, está sendo acusada de homofobia por estudantes do 1º ano do Ensino Médio, simplesmente por defender o relacionamento entre homem e mulher. 

Durante a aula, o assunto sobre homossexualidade foi abordado e a professora deixou claro que se tratava de uma opinião pessoal.

“Na opinião de Maria Elizete, qual a opinião sobre homem ficar com homem, e mulher ficar com mulher? Qual o problema? Todos os problemas. Porque o homem foi feito para a mulher, e a mulher para o homem”, ela disse. 

‘Opinião faz parte da liberdade de expressão’

A gravação feita por um dos alunos, na última quinta-feira (11), está sendo usada para mostrar que os jovens ficaram indignados com a opinião da professora. 

Vale lembrar que a liberdade de opinião continua sendo garantida por lei, no Brasil. A professora se defendeu dizendo que não foi preconceituosa e nem homofóbica, como os alunos tentam acusá-la. 

A profissional tentou explicar que os adolescentes e jovens estão confusos com relação à sexualidade devido aos hormônios e que o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo é errado.

Defendendo a anatomia humana

Usando a racionalidade, a professora ainda tenta explicar a uma aluna: “Tira a roupa e olha no espelho. Você é mulher”. 

Em seguida, prevendo as críticas, ela disse que, caso queiram chamá-la de homofóbica, podem chamar. 

De acordo com reportagem do G1, a professora disse que sempre lutou e prezou para que todos sejam respeitados, seja pelas suas condições, palavras ou pensamentos.

“Se analisar atentamente todo o contexto e os diálogos, em momento algum quis constranger ou macular qualquer pessoa, gênero ou grupo de pessoas. Ainda que eventualmente possa ter escolhido mal algumas palavras, em momento algum estas se amoldam ao reprovável conceito de homofobia”, afirmou.

‘Disponível para o diálogo e ao debate crítico e honesto’

Mesmo assim, a professora pediu desculpas. “Transmito meus sinceros pedidos de desculpas a quem tenha se ofendido, e me mantenho sempre à disposição para o diálogo e ao debate crítico e honesto”, enfatizou. 

A Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Posse disse que tomou conhecimento dos vídeos gravados pelos alunos e está investigando a situação.

Uma reunião foi realizada com a profissional, pais e alunos e a Secretaria aguarda a ata para dar andamento às providências cabíveis para a resolução do caso de forma imparcial.

“A escola é o espaço da ética, justiça, dignidade, respeito, honestidade”, diz a nota entre outras qualidades citadas, incluindo ainda o seguinte comentário ao finalizar: “As atitudes isoladas de um profissional não devem desabonar o trabalho da equipe do Colégio Municipal Castro Alves”. 

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