
A história de Ester não é das melhores, é uma história triste. Órfã de pai e mãe, fora inscrita no tal concurso pelo primo que a criara, um homem chamado Mordecai. Mas Deus a honrou, e após tanto sofrimento, o rei agradou-se dela e Ester se fez rainha.
O homem de confiança do rei era Hamã. Prepotente, ele muito se alegrou com a ordem do imperador de que todos deveriam prostrar-se toda vez que ele passasse. Certo dia, Hamã passou por Mordecai e esse não se prostrou. Por conta disso, Hamã incitou o rei a estabelecer um decreto, ordenando que todos os judeus fossem mortos. Até o momento, Ester omitira sua origem judia.
Ao saber do decreto, Mordecai envia mensagem a Ester, pedindo que ela interceda junto ao rei. Ela teme, pois o rei não a recebia fazia vários dias. É nesse momento que ele a desafia: “...Quem sabe se não foi para um momento como este que você chegou a posição de rainha?” (Ester 4:14).
Como já falei, a história de Ester foi uma história de grande sofrimento. Mas tudo convergia para essa hora. Esse momento é a peça principal do quebra-cabeças, o dia em que ela foi capaz de dizer: “Foi para isso que eu nasci!”. Todos nós temos essa oportunidade, esse dia “D”, em que todo o nosso sofrimento faz sentido. É comum que Deus tome pessoas com histórias diversas, permita que seus caminhos passem pelas voltas mais inusitadas, e depois as faça reinar em algum reino da Pérsia. Tudo o que aconteceu foi para que esse momento chegasse.
O fim da história parece aquele dos contos de fada. O plano de Hamã é frustrado, e ele é enforcado na mesma forca que construíra para matar Mordecai. Este torna-se o homem de confiança do imperador, substituindo seu algoz Hamã. E o povo é liberto do decreto mortífero.
Embora minha vida dê as mais inusitadas voltas, tudo pode tratar-se de uma preparação para um momento especial, um tempo oportuno. Será a hora em que Mordecai me dirá: “Quem sabe não foi para um momento como este...?”. Quero estar pronto.
- Mario Freitas