4 pessoas são esfaqueadas e 33 presas após manifestação de oração nos EUA

Depois que marchas de oração foram realizadas pacificamente, grupos extremistas entraram em um confronto violento no último sábado.

fonte: Guiame, com informações da CNBC

Atualizado: Segunda-feira, 14 Dezembro de 2020 as 9:14

Manifestantes durante comício no sábado, 12 de dezembro de 2020, próximo ao Capitólio dos EUA. (Foto: AP/Luis M. Alvarez)
Manifestantes durante comício no sábado, 12 de dezembro de 2020, próximo ao Capitólio dos EUA. (Foto: AP/Luis M. Alvarez)

Grupos conservadores realizaram protestos em várias cidades dos Estados Unidos no último sábado (12), contra as denúncias de fraude eleitoral. Em Washington, onde foi sediada a “Marcha de Jericó”, as manifestações foram alvo de grupos violentos, que entraram em confronto com a polícia.

As manifestações foram formadas por comícios de oração e ativistas políticos, que em conjunto organizaram o “Stop The Steal” (“Chega de Roubo”), ligado ao consultor político pró-Trump, Roger Stone.

No entanto, no fim do dia, houve confrontos entre o grupo de extrema-direita “Proud Boys” e de extrema-esquerda “Antifa” no centro de Washington. A polícia agiu rapidamente para manter os manifestantes separados.

Por causa dos confrontos, pelo menos nove pessoas ficaram feridas, incluindo 4 esfaqueadas, informou a WRC-TV. Além disso, foram realizadas 33 prisões — o maior número de detenções feitas em um protesto desde 13 de agosto, durante as manifestações de George Floyd. 

Marcha de Jericó

Entre o grupo pacífico, estavam os manifestantes que se inspiraram no relato bíblico da batalha de Jericó, para orar pelo fim da corrupção nos EUA. Desde 5 de novembro, cristãos estão jejuando, orando e marchando diariamente em torno de suas capitais em torno da causa.

“Acreditamos que o que está acontecendo nesta cidade é importante. É um equilíbrio entre os valores bíblicos e os valores antibíblicos”, disse Ron Hazard, uma das cinco pessoas que tocaram shofards no Departamento de Justiça americano.

“Nós somos como Josués, e precisamos do som de louvor para derrubar as paredes do Pântano”, disse Julia Bithorn à CBN News, enquanto marchava pela Suprema Corte.

Batalha eleitoral

Mais de 50 decisões de tribunais federais e estaduais confirmaram a vitória de Joe Biden nas eleições americanas. A Suprema Corte dos EUA rejeitou na sexta-feira (11) uma ação judicial de movida pelo Texas e apoiada por Trump que busca rejeitar os resultados da votação em quatro estados.

“Qualquer que seja a decisão de ontem... respirem fundo”, disse o general aposentado Mike Flynn, ex-conselheiro de segurança nacional de Trump, aos manifestantes em frente à Suprema Corte, referindo-se à recusa da corte em ouvir o caso do Texas.

Apoiadores de Trump carregavam bandeiras e cartazes questionando o resultado das eleições, que apontou a derrota do republicano.

“Está claro que a eleição foi roubada”, disse Mark Paul Jones enquanto caminhava em direção à Suprema Corte com sua esposa. Trump “está sendo afastado do cargo”, disse ele, acrescentando que Biden venceu com apoio da Suprema Corte, do FBI, do Departamento de Justiça e da CIA. 

A Suprema Corte “nem mesmo teve tempo para ouvir o caso”, acredita Jones.

Eddy Miller, da Filadélfia, que estava vendendo camisetas da campanha de Trump, disse ter certeza de que “houve fraude, apesar do que vejo nas notícias” sobre as decisões judiciais, eliminando as denúncias de fraude.

veja também