Aluno sobrevive a tiroteio nos EUA e pais testemunham: ‘Deus curou’

Após várias cirurgias e 46 dias no hospital, River se recuperou e voltou para casa.

fonte: Guiame, com informações de The Christian Post

Atualizado: Segunda-feira, 10 Março de 2025 as 3:37

Christina e Brett Clardy. (Foto: Reprodução/WMTV)
Christina e Brett Clardy. (Foto: Reprodução/WMTV)

A família de um adolescente de 14 anos, que sobreviveu a um tiroteio em uma escola nos Estados Unidos, testemunhou que Deus é o responsável por ele estar vivo.

O tiroteio ocorreu há quase três meses na Escola Cristã Abundant Life, onde um aluno e um professor foram mortos, e seis estudantes feridos, dois deles em estado grave.

Um desses alunos gravemente feridos foi River Clardy. Em uma entrevista recente, Christina Clardy e o esposo, Brett Clardy relembraram o ocorrido e relataram o que Deus fez em suas vidas.

“O River é um garoto perseverante. Acreditamos que Deus é o responsável por sua cura por meios naturais e por meios que não sabemos explicar. Mas Ele é, o Senhor fez melhor do que deveria”, disse Christina à WMTV.

Em 16 de dezembro de 2024, policiais do Departamento de Polícia de Madison foram chamados à Escola Cristã Abundant Life devido a um tiroteio onde descobriram que Natalie Rupnow, de 15 anos, assassinou um professor, um aluno e feriu vários outros, incluindo River, antes de tirar a própria vida.

Christina, que é professora do primeiro ano na escola, contou que quando o tiroteio começou, sua primeira reação foi proteger seus alunos. 

Os policiais direcionaram a turma para a igreja ao lado do estacionamento, onde Christina ajudou a organizar os alunos por série nos bancos. Depois disso, ela voltou sua atenção para seus três filhos, que também são alunos da escola.

“Eu vi minhas duas filhas bem rápido e elas estavam me questionando sobre onde estava o irmão delas. Eu não o tinha visto. Ficou bem claro que algumas pessoas ainda estavam desaparecidas e um dos professores informou a polícia que meu filho era uma dessas pessoas”, relembrou Christina.

Tempo depois, elas descobriram que River estava ferido e o acompanharam para o American Family Children's Hospital. Nesse momento, Brett Clardy também foi informado sobre o ocorrido:

“Eu não sabia de nada além de que ele estava no hospital, era tudo o que eu sabia. Eu não tinha certeza de sua condição, seu estado, seu nível de ferimentos. Eu estava apenas dirigindo”, contou ele.


River durante a fisioterapia. (Foto: Reprodução/WMTV)

‘Orando o tempo todo’

O Dr. Adam Brinkman, diretor médico de atendimento de trauma pediátrico do hospital, disse que o estado de River era grave.

“Ele tinha um tubo de respiração e estava perdendo muito sangue por causa de ferimentos no pescoço, na garganta, no quadril e na mão. River também estava pálido e sua frequência cardíaca estava muito alta. A pressão arterial estava muito baixa. Todos os sinais clínicos indicavam que ele estava muito perto de morrer”, relatou Adam.

River tinha três ferimentos no pescoço, incluindo uma bala que atravessou sua artéria carótida e outra que atravessou sua garganta. Os médicos o levaram às pressas para a cirurgia.

“River é provavelmente um dos pacientes mais graves que chegou a este hospital infantil nos últimos cinco ou seis anos”, contou Adam.

Enquanto isso, o pai disse: “'Os sinais vitais estavam estáveis' era tudo o que estávamos nos agarrando naquele momento enquanto ele estava na cirurgia”.

“Eu estava orando o tempo todo”, acrescentou Christina.

Após a cirurgia, os pais foram liberados para ver o filho: “Foi difícil ver ele tão ferido, onde ele realmente não conseguia se mover ou falar”, disse Brett.

“Não parecia ele. Ele estava muito inchado e essa foi provavelmente a coisa mais difícil para mim”, relatou a mãe.

River precisou de cinco cirurgias naqueles primeiros dias e ficou na UTI em um tubo de respiração por quase duas semanas.


A família reunida após o incidente. (Foto: Reprodução/WMTV)

‘Gratidão’

Após 46 dias no hospital sob os cuidados de 263 profissionais de saúde, ele se recuperou e voltou para casa.

“Ele teve que reaprender a segurar uma caneta, a engolir líquidos e alimentos com segurança. Como escovar os dentes, pentear o cabelo e amarrar os sapatos”, contou o médico.

“Eu o vi quando ele entrou. Eu nunca pensei que o veria ir para casa. Então, ver ele andar pelo corredor com sua família foi a segunda melhor sensação para mim. Ouvir ele dizendo: ‘bom dia’ foi a primeira”, relatou Adam.

Hoje, Christina e toda a família estão felizes por ter River de volta.

“É importante agradecer pelo bem em nossas vidas. E reconhecer o bem ao nosso redor, como nas pessoas em nossa comunidade”, disse ela. 

“Eu tenho momentos em que penso: ‘Não consigo acreditar que ele está vivo’. Eu sou muito grata”, concluiu.

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