A maioria dos brasileiros que seguem alguma religião estão acompanhando os cultos pela TV ou internet, devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). A pesquisa foi publicada nesta terça-feira (20) pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360, em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.
O levantamento mostra que 45% dos brasileiros assistem os cultos pela TV ou internet, enquanto 14% estão indo aos templos. Outros 30% estão praticando sua fé apenas em casa e 5% dizem estar praticando de outras maneiras.
Entre os que mais assistem cultos pela TV ou internet, a maioria (57%) são jovens de 16 a 24 anos, bem como os desempregados ou sem renda fixa.
A região Centro-Oeste é a que concentra a maior proporção de pessoas que disseram estar frequentando igrejas presencialmente (36%), enquanto a Norte é a que mais acompanha cultos pela TV ou internet (58%).
O PoderData também identificou que os apoiadores de Jair Bolsonaro (que consideram seu governo “ótimo” ou “bom”) são os que mais estão indo presencialmente a igrejas ou templos (17%). O índice de presença física cai para 10% entre os que se opõem ao presidente.
A avaliação do governo também tem relação com a crença em Deus, segundo a pesquisa. O levantamento indica que 81% dos apoiadores de Bolsonaro seguem alguma religião e não há índice de ateus. Já entre os que rejeitam o presidente, 30% não têm religião, mas acreditam em um ser superior e 7% são ateus.
O levantamento mostra que a maioria dos brasileiros afirmam ser pessoas religiosas: 72% seguem alguma religião, enquanto 23% acreditam em um ser superior, mas não têm religião definida. Apenas 3% disseram não acreditar em Deus.
Os moradores da região Norte (83%) e os que ganham até 2 salários mínimos (81%) são os que mais afirmam ter fé. A maior proporção de ateus está na região Centro-Oeste (15%) e entre quem recebe de 5 a 10 salários mínimos (8%) e mais de 10 salários mínimos (27%).
Os dados foram coletados pelo PoderData de 12 a 14 de outubro. Foram 2.500 entrevistas telefônicas em 503 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.