Mais de 300 estudantes nigerianos foram sequestrados após um ataque à sua escola no noroeste da Nigéria. Depois de uma ação do governo nigeriano, os alunos foram libertados e chegaram à capital do estado de Katsina para reencontrar familiares.
Os meninos foram sequestrados na noite de 11 de dezembro na Escola Secundária de Ciências do Governo, exclusivamente para meninos, na aldeia de Kankara. Os alunos chegaram nesta sexta-feira (18) a Katsina e se encontraram com o governador, Aminu Bello Masari.
Com os olhos cansados e aparência assustada, os meninos foram levados a uma sala de conferências, a maioria ainda em seus uniformes escolares, alguns envolvidos por cobertores cinza. O mais velho dos meninos sentou-se na primeira fila e foi saudado por oficiais do governo.
Masari anunciou a libertação de 344 estudantes na quinta-feira (17) e garantiu à Associated Press que nenhum resgate foi pago em troca dos meninos. “Recuperamos a maioria dos meninos, senão todos eles”, disse ele.
Jihadistas radicais do Boko Haram da Nigéria assumiram a responsabilidade pelo sequestro. O líder do grupo terrorista, Abubakar Shekau, disse que atacou a escola para punir as crianças por “práticas não islâmicas”.
Mais de 800 alunos estavam presentes no momento do ataque. Centenas escaparam, mas acredita-se que mais de 330 foram levados.
Estudantes são escoltados por militares nigerianos em Katsina, Nigéria, após libertação do sequestro. (Foto: AP/Sunday Alamba)
O sequestro de 11 de dezembro foi um lembrete dos ataques anteriores do Boko Haram a escolas. Em fevereiro de 2014, 59 meninos foram mortos quando os jihadistas atacaram o Colégio do Governo Federal Buni Yadi, no estado de Yobe.
Em abril de 2014, o Boko Haram sequestrou mais de 270 estudantes de um colégio do governo em Chibok, no nordeste do estado de Borno. Cerca de 100 dessas meninas ainda estão desaparecidas.
Em 2018, extremistas islâmicos do Boko Haram trouxeram de volta quase todas as 110 meninas que haviam sequestrado em um internato em Dapchi e avisaram: “Nunca mais coloquem suas filhas na escola”.