Comissão da Câmara aprova pena de até 20 anos para quem vender remédios abortivos

A proposta, do deputado Nikolas Ferreira, também estabelece multa de R$ 20 mil para quem fizer propaganda desses medicamentos.

fonte: Guiame, com informações de Agência Câmara de Notícias

Atualizado: Terça-feira, 5 Dezembro de 2023 as 10:42

Imagem ilustrativa. (Foto: Unsplash/melany_tuinfosalud).
Imagem ilustrativa. (Foto: Unsplash/melany_tuinfosalud).

A Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados aprovou uma proposta que estabelece prisão para quem vender remédios abortivos. A pena pode chegar até 20 anos de reclusão.

O texto também prevê uma multa de R$ 20 mil para quem fizer propaganda desses medicamentos. 

A penalidade para a comercialização de remédios que provocam o aborto seria maior do que para infrações sanitárias, como falsificação e alteração de medicamentos.

A proposta do deputado Nikolas Ferreira (PL) é um substitutivo ao Projeto de Lei 3415/19. O relator manteve o texto original e incorporou medidas de outros projetos do mesmo tema (PL 1004/23, PL 1229/23 e PL 349/23).

Uma das alterações feitas pelo deputado cristão foi substituir o termo “remédios abortivos” por “remédios com a finalidade de provocar abortos”, no texto original.

“Evita-se, desta forma, incertezas acerca da penalização de propagandas de medicamentos que não são abortivos, mas que podem provocar aborto em caráter acidental”, explicou Nikolas.

Outra medida foi incluir a comercialização virtual de remédios abortivos na penalidade, com as plataformas de comércio eletrônico e as redes sociais sendo responsáveis por barrar a venda ilegal.

A proposta ainda será analisada pelas Comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; de Saúde; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. 

Maioria dos brasileiros é contra o aborto

No Brasil, o aborto é considerado crime, sendo permitido sem punição em situações de gravidez resultante de estupro, risco à vida da mulher ou anencefalia do feto.

Uma pesquisa recente, realizada pelo IPEC, apontou que 70% dos brasileiros são contra a legalização o aborto.

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