Cristãos são surpreendidos por ataque russo durante culto na Ucrânia

Os cristãos em Sumy testemunharam o ataque no momento do culto.

fonte: Guiame, com informações de CNN Brasil e O Globo

Atualizado: Segunda-feira, 14 Abril de 2025 as 3:16

Os cristãos na igreja durante o ataque. (Foto: Reprodução/Instagram/Hoje no Mundo Militar)
Os cristãos na igreja durante o ataque. (Foto: Reprodução/Instagram/Hoje no Mundo Militar)

Durante um culto, cristãos foram surpreendidos por mísseis russos que interromperam o culto e causaram a morte de dezenas de civis na cidade de Sumy, no último domingo (13).

A Rússia bombardeou uma reunião do Exército ucraniano em Sumy e deixou pelo menos 34 mortos em pleno Domingo de Ramos. 

Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra o momento em que um culto foi interrompido, após os mísseis atingirem a cidade.

Pelas imagens, é possível ver que a Rússia lançou dois mísseis, com ambos caindo no mesmo local, causando medo e agitação na igreja.

Nesta segunda-feira (14), o Ministério da Defesa russo emitiu um comunicado, confirmando que suas tropas lançaram dois mísseis Iskander contra uma "reunião de comando" do Exército ucraniano em Sumy, no nordeste do país.

"[Kiev] continua usando a população ucraniana como escudo humano, ao colocar instalações militares ou organizar eventos com participação militar no centro de uma cidade densamente povoada", disse o comando militar russo em comunicado.

Apelo aos EUA

Após o ataque, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que visite o país para entender a devastação causada pela invasão russa, depois que a Casa Branca reagiu ao ataque, afirmando que o caso é um "lembrete brutal" da necessidade de negociar a paz.

Em uma entrevista transmitida no domingo, exibida no programa "60 minutes", da rede americana CBS, Zelensky disse:

“Por favor, antes de qualquer tipo de decisão, qualquer tipo de negociação, venham ver as pessoas, civis, combatentes, hospitais, igrejas e crianças destruídas ou mortas”.

Desde o início da guerra em fevereiro de 2022, a vice-chefe de direitos humanos da ONU, Nada Al-Nashif, afirmou que mais de 12,3 mil civis foram mortos na Ucrânia, incluindo 650 crianças.

Conforme a CNN Brasil, a ONU informou que a contagem ainda é inferior à realidade porque inclui apenas as mortes que suas equipes conseguiram verificar.

Zelensky declarou que, se Trump visitasse a Ucrânia, teria a oportunidade de ver de perto a realidade do campo de batalha. A resposta do presidente ucraniano contradiz a declaração do vice-presidente americano, J. D. Vance, que acusou o país de organizar "viagens de propaganda" para atrair o apoio de líderes estrangeiros.

“Não prepararemos nada. Não será um teatro. Você pode ir exatamente para onde quiser, em qualquer cidade que tenha sido atacada”, afirmou Zelensky.

A Casa Branca divulgou um comunicado após o ataque russo à cidade de Sumy, amplamente condenado por potências ocidentais. O bombardeio ocorreu apenas dois dias depois da visita a Moscou de Steve Witkoff, enviado do governo Trump, que se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin.

"O ataque com mísseis de hoje em Sumy é um lembrete claro e brutal de por que os esforços do presidente Donald Trump para tentar acabar com esta guerra terrível ocorrem em um momento crucial", relatou Brian Hughes, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional citado no comunicado.

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