Evangelista é indenizada em £ 10 mil após ser presa em parque de Londres

Hatun Tash foi detida enquanto se preparava para pregar no Hyde Park. Ela foi falsamente acusada, revistada e interrogada pela Polícia Metropolitana de Londres.

fonte: Guiame, com informações de Christian Concern

Atualizado: Terça-feira, 24 Setembro de 2024 as 4:15

Hatun Tash. (Foto: Reprodução/YouTube/Christian Concern).
Hatun Tash. (Foto: Reprodução/YouTube/Christian Concern).

Uma evangelista foi indenizada em 10 mil libras após ser presa injustamente enquanto se preparava para pregar em um parque de Londres, na Inglaterra.

Hatun Tash é uma conhecida evangelista que faz críticas ao Islã no Speakers' Corner, um local de debates públicos no Hyde Park, e líder do ministério Defend Christ Critique Islam (DCCI).

A pregadora entrou com uma ação na Justiça contra a Polícia Metropolitana de Londres depois de ser levada por policiais e interrogada ilegalmente.

Em 26 de junho de 2022, Tash estava se preparando para pregar no Speakers' Corner e sua equipe montando uma câmera para gravar a pregação, quando um homem se aproximou e roubou o Alcorão que ela estava segurando.

A evangelista costuma carregar um exemplar do livro muçulmano cheio de buracos para chamar a atenção para os “buracos” que existem na narrativa islâmica.

Os cristãos que acompanhavam Tash chamaram a polícia para denunciar o roubo. Enquanto isso, uma multidão de muçulmanos furiosos começou a se formar em torno dela. Os homens gritavam frases islâmicas, zombavam e agrediram verbalmente a pregadora.

Quando dois policiais chegaram ao local, tentaram remover Tash para longe da multidão. Ao se recusar, os oficiais a levaram à força até o carro da polícia.

As autoridades não defenderam a cristã da intimidação da multidão e não fizeram nada para controlar os muçulmanos.

Hatun Tash foi presa, acusada de "danos criminais" e por estar usando uma camiseta do Charlie Hebdo que retratava o profeta Maomé. Ela ficou detida na delegacia durante 15 horas, sem poder dormir, e foi revistada e interrogada.

Liberdade de expressão ferida

Depois de ser libertada no dia seguinte, Tash entrou com uma ação contra a Polícia Metropolitana de Londres por ter sido presa sem motivos, com o apoio do Christian Legal Center, um escritório de advocacia que defende a liberdade religiosa.

Os advogados da evangelista afirmaram que Tash teve seu direito de pregar contra uma religião e seu direito de liberdade de expressão feridos pela ação da polícia, conforme a Convenção Europeia dos Direitos Humanos (CEDH).

“Os policiais acreditavam que a solução mais fácil para o problema era 'livrar-se de nosso cliente’”, afirmaram.

Sem apresentar justificativas, a Polícia Metropolitana concordou em resolver o caso e a indenizar Tash. Ela doou o dinheiro para uma organização que apoia ex-muçulmanos que são perseguidos por deixarem o Islã.

"Eu tenho lidado com policiamento há anos. As turbas muçulmanas no Speakers' Corner estão acima da lei e foram autorizadas pela polícia a fazer o que quiserem para silenciar o debate, cada vez mais por qualquer meio”, criticou ela.

"Fui tratada de forma terrível pela polícia e fui repetidamente humilhada quando não fiz nada de errado”.

Ameaça de morte

Não é a primeira vez que a evangelista é presa ao invés de ser protegida de muçulmanos pela polícia. Em 2021, ela enfrentou uma situação parecida.

Hatun já recebeu várias ameaças de morte por pregar contra o islamismo. Em julho de 2021, ela foi esfaqueada por um homem de túnica islâmica em frente à polícia. O agressor nunca foi pego.

Em dezembro de 2023, a polícia prendeu o terrorista islâmico, Edward Little, que planejava matar a evangelista com uma arma.

"A polícia repetidamente tirou meus direitos e me disse que não pode me proteger porque não quer ofender um determinado grupo de pessoas”, afirmou Hatun.

"Mais deve ser feito para lidar adequadamente com a violência islâmica e a intimidação no Speakers' Corner. Não moramos no Paquistão; não moramos na Arábia Saudita. Sou cristã e, por padrão, acredito que Maomé é um falso profeta. Eu deveria ter permissão para dizer isso no Reino Unido sem ser esfaqueada ou repetidamente presa”, protestou ela.

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