Família cristã é morta por bombardeio russo a caminho da igreja, na Ucrânia

No dia 13 de abril, dois mísseis atingiram o centro de Sumy, matando 35 pessoas, incluindo o casal Mykola e Natalia Martynenko e seu filho Maksym, de 11 anos.

fonte: Guiame, com informações de Christianity Today e Times Union

Atualizado: Terça-feira, 13 Maio de 2025 as 3:09

Mykola, Natalia e seu filho Maksym. (Foto: Facebook/Їх убила росія).
Mykola, Natalia e seu filho Maksym. (Foto: Facebook/Їх убила росія).

Uma família cristã foi morta por um bombardeio russo a caminho da igreja na cidade de Sumy, na Ucrânia, no Domingo de Ramos.

No dia 13 de abril, dois mísseis atingiram o centro da cidade, matando 35 pessoas e ferindo mais de 100 moradores, em um dos ataques mais mortais contra civis no país.

O primeiro ataque destruiu o prédio de uma universidade, usado por cristãos, pastores e crianças.

Cerca de cinco minutos depois, o segundo míssil – carregado com munições de fragmentação projetadas para aumentar o número de vítimas – atingiu uma das ruas mais movimentadas de Sumy.

Entre as vítimas do segundo ataque, estava o casal cristão Mykola e Natalia Martynenko e seu filho Maksym, de 11 anos. 

Eles estavam caminhando em direção a Igreja das Novas Gerações, a três quarteirões de distância. A mãe servia na equipe de louvor da congregação e o pai ajudava no ministério com dependentes químicos. 

O ataque abalou a comunidade de Sumy. O funeral da família aconteceu na igreja em 16 de abril, segundo o Times Union.

“Eu não posso acreditar que uma família simplesmente foi embora, sem mais nem menos", lamentou Daria Doroshenko, professora da escola de Maksym.

No velório, o pastor Artem Tovmasian, amigo da família, disse que suas mortes são uma tragédia que "deveria ser condenada de maneira real". 

Ele pediu que a reação da comunidade internacional não seja apenas "palavras de condolências", mas ação para conter a violência russa.

Série de ataques contra civis ucranianos

O ataque à Sumy e outras áreas aconteceu durante o cessar-fogo de 30 dias, acordado entre Ucrânia e Rússia no mês passado. 

Nas últimas semanas, o exército russo lançou uma série de ataques contra regiões habitadas por civis.

Nos meses de março e abril, os ataques mataram cerca de 400 civis, de acordo com o escritório de direitos humanos das Nações Unidas.

No início de abril, um míssil atingiu um playground e prédios de apartamentos em Kryvyi Rih, matando 20 moradores, incluindo 9 crianças. No final de abril, uma ofensiva em Kiev matou 12 pessoas.

"Não estou feliz com os ataques russos a Kiev. Não é necessário e é um momento muito ruim. Vladimir, PARE!", afirmou o presidente Donald Trump, nas redes sociais.

O vice-presidente JD Vance também se manifestou, revelando que os russos estão "pedindo demais" nas negociações para acabar com a guerra na Ucrânia.

Depois da série de ataques a centros urbanos, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, protestou nas redes sociais.

“Não poderia haver alvos militares. A Rússia está atingindo prédios residenciais no exato momento em que os ucranianos estão em casa, quando estão colocando seus filhos na cama. Somente tiranos podem dar tais ordens e executá-las”, declarou.

A cristã Anna Ulanovska, moradora de Sumy, disse temer que Putin use um cessar-fogo temporário como forma de fortalecer sua ofensiva na Ucrânia. 

"A opinião comum é que ninguém pode confiar nele. Não devemos ser enganados. Ele quer toda a Ucrânia”, comentou ela, em entrevista ao Christianity Today.

"É assustador ouvir todo esse bombardeio. Nossa região está sob ataque novamente”, relatou.

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