Milhares de muçulmanos pedem “morte a Israel” em protestos no Paquistão

Liderada pelo principal partido islâmico do país, os manifestantes condenaram Israel e os Estados Unidos pela guerra na Faixa de Gaza.

fonte: Guiame, com informações de Arab News, AP News, Anadolu Agency

Atualizado: Terça-feira, 15 Abril de 2025 as 1:11

Protesto contra Israel em Karachi. (Foto: Reprodução/YouTube/moneycontrol).
Protesto contra Israel em Karachi. (Foto: Reprodução/YouTube/moneycontrol).

Milhares de pessoas pediram morte a Israel durante protestos pró-Palestina, em grandes cidades do Paquistão, no último final de semana.

Liderada pelo principal partido islâmico do país Jamaat-i-Islami (JI), os manifestantes condenaram Israel e os Estados Unidos pela guerra na Faixa de Gaza.

Na sexta-feira (11), protestos na cidade de Lahore reuniram 15 mil paquistaneses. Durante seu discurso, o líder do JI, Naeem Ur Rehman, convocou todos os países islâmicos a declarar uma “guerra santa” contra Israel e em defesa dos palestinos.

"Libertar esta terra ocupada é o dever de todo muçulmano. Quando nossos caminhos são bloqueados [como indivíduos], isso se torna responsabilidade dos governantes [muçulmanos] e seus exércitos. Mesmo um pequeno passo à frente pode levar a um cessar-fogo”, afirmou.

Rehman lembrou que o Paquistão nunca apoiou a criação do Estado de Israel. “Se alguém fala sobre uma solução de dois Estados, ou fala a favor de Israel em segredo, queremos deixar claro que há apenas um Estado: o Estado da Palestina. E está sob ocupação”, argumentou.

No domingo (13), milhares de paquistaneses também foram às ruas de Karachi para protestar contra o Estado israelense na chamada “Marcha de Solidariedade a Gaza”. Liderados pelo partido islâmico JI, Eles pediram “morte à Israel”.

A multidão carregou bandeiras da Palestina e faixas com as frases “Abaixo Israel" e "Libertação ou martírio". 

Os manifestantes exibiram imagens de Ismail Haniyeh e Yahya Al-Sinwar, dois líderes do grupo terrorista Hamas que foram mortos no ano passado. Além disso, crianças “fantasiadas de terroristas com armas” participaram da manifestação.

Aos líderes muçulmanos do país, Naeem Ur Rehman afirmou que o governo israelense vai os ameaçar depois de terminar sua defensiva em Gaza, e que, por isso, é necessário atacar Israel.

Rehman ainda convocou uma greve nacional no Paquistão em apoio à Palestina no dia 22 de abril. Seu partido também pediu boicote aos produtos produzidos por empresas que apoiam Israel.

 

Protestos contra Israel também ocorreram em Bangladesh, no último sábado (12). Cerca de 100 mil pessoas se manifestaram contra os EUA e o Estado judeu, carregando bandeiras da Palestina.

Bangladesh, um país de maioria muçulmana, não possui relações diplomáticas com Israel e apoia a Palestina.

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