Na quinta-feira (2), o Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, foi palco de troca de tiros entre policiais e traicantes.
Uma das vítimas da violência foi o menino Eduardo Jesus Ferreira, de 10 anos de idade. A mãe dele, Terezinha Maria de Jesus, fala da cena que jamais vai esquecer: “Ele estava sentado no sofá comigo. Foi questão de segundos. Ele saiu e sentou no batente da porta. Teve um estrondo e, quando olhei, parte do crânio do meu filho estava na sala e ele caído lá embaixo morto”.
A ONG Rio de Paz, presidida pelo pastor Antônio Carlos Costa foi às ruas de Copacabana neste domingo (5) protestar contra a morte do garoto e de outras vítimas.
Em sua página no Facebook, o pastor escreveu sobre o ato de a classe média protestar contra a morte do pobre, o papel da polícia e a pacificação.
Imagine se no passado fizéssemos o que foi feito ontem em Copacabana: a classe média protestar contra a morte do pobre.
Imagine se a partir de agora a classe média sempre protestasse contra a morte do pobre.
Imagine se na reocupação do Complexo do Alemão houver uma invasão de médicos, engenheiros, professores, levando dignidade de vida para o pobre.
Imagine se o comando da PM cobrar do Estado que o policial militar não fique só na luta pelo sonho da paz.
Imagine se a sociedade civil e todos os setores do poder público vissem a verdadeira pacificação como dever de cada um de nós.
Em recente entrevista à Mundo Cristão, Antônio Carlos Costa fallou sobre o que o levou a se engajar em ações sociais. "O que me levou foi o evangelho. Foi o conceito bíblico de dignidade humana e o a compaixão que o Espírito Santo implantou em meu coração, de tamanho suficiente para me fazer agir."