No último domingo (5), militantes islâmicos voltaram a realizar atentados nas duas maiores cidades do Egito. Um deles aconteceu no Cairo e o outro foi contra uma igreja, em Alexandria, causando a morte de um policial e deixando sete feridos.
Em um incidente separado, o líder de um grupo militante que teve como alvo a polícia e os soldados em torno da capital foi morto em um tiroteio com as forças de segurança na manhã de domingo, disse o Ministério do Interior.
O Egito enfrenta uma insurgência baseada no norte do Sinai, que já matou centenas de soldados e policiais, desde que o Exército derrubou o presidente islamita Mohamed Mursi, em 2013, na sequência de protestos em massa contra seu governo.
A maioria dos ataques de militantes aconteceu na Península do Sinai, uma região remota, mas estratégica na fronteira com Gaza, Israel e o Canal de Suez. Bombardeios em menor escala tornaram-se cada vez mais comuns no Cairo e em outras cidades.
A explosão de uma bomba em uma ponte que conduz ao sofisticado bairro de Zamalek (Cairo), que abriga muitas embaixadas, também matou um policial, segundo o Ministério do Interior. Mais dois policiais e um civil ficaram feridos.
A força da bomba que foi plantada em ou perto de um carro deixou uma cratera rasa e poças de sangue em 15 de maio Bridge, segundo informaram as fontes.
Em Alexandria, militantes atiraram de um ônibus contra a Igreja "Angel Rafael", ferindo um policial e três civis antes de fugir.
No sábado (4), duas bombas explodiram perto de uma delegacia de polícia no distrito residencial de Imbaba, cruzando o Rio Nilo do Zamalek, sem causar vítimas.
O bombardeio de domingo foi reivindicado no Twitter por Ajnad Misr, um grupo militante que surgiu em janeiro de 2014 e tem como alvo as forças de segurança e em torno de Cairo.
"Deus permitiu que nossos bravos soldados plantassem uma bomba caseira, onde os serviços penais (de segurança) se reuniram na ponte", disse o braço midiático da Ajnad Misr.
Em um incidente separado, o fundador e líder da Ajnad Misr foi morto pelas forças de segurança. Hammam Mohamed Ahmed Attia foi morto a tiros durante um confronto em torno na madrugada deste domingo, em um apartamento, em Giza - um subúrbio da capital.
O Ministério do Interior disse em um comunicado que, sob a liderança de Hammam Mohamed, o grupo lançou 26 ataques contra policiais e soldados.
Fontes de segurança dizem que o grupo é guiado por uma ideologia salafista conservadora islâmica, mas não são cogitadas ligações com a Al Qaeda ou a filial egípcia do Estado Islâmico, província de Sinai.
A Província do Sinai assumiu a responsabilidade por grande parte da violência que tem arruinado a região, enquanto Ajnad centrou-se mais na área da Grande Cairo.
No norte do Sinai, um soldado foi encontrado morto com um ferimento de bala na cabeça, aparentemente executado, após os ataques de militantes, na última quinta-feira (2). O ataque também causou a mortede 17 soldados e três civis. O exército não estava disponível no momento para comentar o assunto.