Primeiro-ministro do Canadá renuncia após 10 anos de políticas como aborto e questões LGBT

Eleito em 2015, Justin Trudeau termina seu mandato com problemas como alta dívida pública, criminalidade, imigração descontrolada e ideologias progressistas impopulares.

fonte: Guiame, com informações do Christian Post

Atualizado: Terça-feira, 7 Janeiro de 2025 as 9:45

O primeiro-ministro canadense Justin Trudeau anunciou sua renúncia na segunda-feira, 6 de janeiro de 2025. (Captura de tela/YouTube/CBC News)
O primeiro-ministro canadense Justin Trudeau anunciou sua renúncia na segunda-feira, 6 de janeiro de 2025. (Captura de tela/YouTube/CBC News)

O primeiro-ministro progressista do Canadá, Justin Trudeau, anunciou que deixará o cargo após a eleição de um novo líder, em resposta aos pedidos crescentes nas últimas semanas para sua renúncia.

Em um discurso feito na manhã de segunda-feira (06), em inglês e francês (pois o Canadá é um país bilíngue), Trudeau afirmou que, embora fosse "um combatente", pretendia renunciar ao cargo de líder do partido e primeiro-ministro, após seu partido nomear um novo líder.

"Este país merece uma escolha real nas próximas eleições", disse Trudeau. "E ficou claro para mim que, se eu estou tendo que lutar batalhas internas, não posso ser a melhor opção nessa eleição."

Além disso, o Parlamento Canadense será prorrogado até 24 de março ou permanecerá sem sessão até sua dissolução, com uma nova eleição marcada para definir a nova liderança.

Políticas liberais

Filho do ex-primeiro-ministro Pierre Trudeau, Justin Trudeau foi eleito em 2015. Ao longo de seu mandato, ele implementou políticas socialmente liberais, como a ampliação do acesso ao aborto e o apoio a questões relacionadas aos direitos LGBT e liberação das drogas.

Em julho de 2016, Trudeau, um católico romano batizado, participou de uma marcha do orgulho gay em Toronto, Ontário, sendo supostamente o primeiro líder mundial a participar de um evento desse tipo.

Trudeau assumiu seu terceiro mandato como primeiro-ministro em setembro de 2021 após pedir uma eleição antecipada, embora seu Partido Liberal não tenha conseguido garantir uma maioria no Parlamento.

Novas eleições

Segundo a lei canadense, um primeiro-ministro pode formalmente pedir ao governador-geral que dissolva o Parlamento, o que resultará automaticamente na convocação de uma eleição nacional.

Em uma coletiva de imprensa em agosto de 2021, Trudeau afirmou que a eleição deveria conceder ao seu governo um mandato para continuar combatendo a pandemia de Covid-19 e promover a recuperação econômica.

No entanto, as controvérsias sobre a inflação, as questões de imigração e a ameaça de tarifas do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, fizeram com que o apoio a Trudeau diminuísse consideravelmente.

No mês passado, a ministra das Finanças de Trudeau, Chrystia Freeland, renunciou ao seu cargo no gabinete, citando diversos desentendimentos com o governo sobre a direção do país.

“Hoje o nosso país enfrenta um grande desafio. A nova administração nos Estados Unidos está seguindo uma política de nacionalismo econômico agressivo, incluindo uma ameaça de tarifas de 25%. Precisamos levar essa ameaça extremamente a sério”, escreveu Freeland.

“Inevitavelmente, nosso tempo no governo chegará ao fim. Mas como lidamos com a ameaça que nosso país enfrenta atualmente nos definirá por uma geração e talvez por mais tempo. O Canadá vencerá se formos fortes, inteligentes e unidos”.

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