De acordo com o educador e pastor Steve Beegoo, que já liderou várias escolas da Igreja na Inglaterra e apoiou sistemas educacionais na Coreia do Sul, Índia, Ruanda e Espanha, o que as pessoas estão vendo acontecer com as crianças nas escolas é só a ponta do iceberg.
“As crianças da escola primária estão sendo ensinadas sobre masturbação. Drag queens estão ensinando nas escolas secundárias que existem dezenas de gêneros. Crianças de 12 anos estão sendo questionadas sobre o que elas acham do sexo oral. E esta é apenas a ponta do iceberg. Onde chegamos?”, questionou.
O professor de Biologia, que também é o Chefe de Educação do International Christian Concern (ICC), apontou para a importância do posicionamento do primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, que se disse alarmado com a maneira como o movimento LGBT tomou conta das escolas.
‘É perturbador’
Conforme o ICC, com tantas reclamações de pais e conservadores, o governo pediu uma revisão sobre o conteúdo de educação sexual nas escolas, ainda nesta semana.
A organização também afirma que tem destacado regularmente essa natureza “perturbadora” de como a educação sexual está sendo implementada nas escolas.
“Frequentemente somos contatados por pais e professores cristãos angustiados com o que está sendo acolhido em sala de aula. Agora, as evidências crescentes finalmente 'alarmaram' o primeiro-ministro e esta semana o governo pediu uma revisão da educação sexual”, mencionou Steve.
“O trabalho incansável e destemido de muitos que têm vindo a expor o que tem acontecido, e a coragem da deputada Miriam Cates, resultou finalmente na ação do primeiro-ministro e requerendo essa revisão urgente”, ele explicou.
“Além disso, deve haver uma revisão das orientações para as escolas sobre transgenerismo, que tem sido constantemente adiada. Grande parte do ensino inadequado e da cultura escolar nociva decorre da ideologia de identidade de gênero que sustenta quase todos os recursos do RSE e que leva as escolas a fazer a transição social dos alunos, muitas vezes sem o conhecimento dos pais”, alertou.
‘Os pais são bloqueados’
Steve também chama a atenção para a forma como os pais são regularmente impedidos de ver os materiais que as escolas estão usando.
Se não fossem “bloqueados” a grande maioria, com exceção dos progressistas, explica Steven, “ainda discordaria de seus filhos terem a masturbação explicada a eles por adultos de fora de casa”.
Ele comenta que o “currículo escolar” inclui treinamento e recursos aprovados pelos governos nacionais e fala que há provedores investindo nisso com livros de conteúdo sexualizante para crianças de 4 anos.
Movimentos em todo país estão sendo inspirados para que mais pessoas confrontem os conteúdos indevidos que estão “alimentando as crianças, levando-as à imoralidade sexual e à confusão”.
‘Crianças estão sendo colocadas em risco’
Um novo think tank, formado por Danny Kruger (um membro do parlamento do Reino Unido) e Miriam Cates, a New Social Covenant Unit (NSCU), publicou o estudo apresentado a Sunak.
“As crianças da nação estão sendo colocadas em risco por professores com uma posição ideológica radical sobre sexo, gênero e sexualidade, que estão monopolizando o setor de educação no Reino Unido”, alertaram.
Ainda de acordo com o ICC, o súbito avanço do conteúdo de ensino “sexualmente explícito” que agora se multiplica nas escolas pode ser visto como tendo começado em 2019, quando o Departamento de Educação publicou sua orientação estatutária.
‘Agora ensinam sobre masturbação em escolas primárias’
“As escolas no Reino Unido já haviam sido impedidas, devido à seção 28, de promover a homossexualidade nas escolas até sua revogação em 2003. A educação sexual era limitada. Nos anos seguintes a 2003, grande energia e criatividade foram empregadas por aqueles que queriam ensinar as crianças sobre visões não tradicionais sobre sexo e relacionamentos”, diz um relatório.
“Eles tiveram sucesso em persuadir as escolas de que deveriam seguir suas abordagens curriculares ou correr o risco de infringir a lei da igualdade, especialmente persuadindo as escolas religiosas. Ativistas dentro das escolas foram recrutados, crianças e jovens cada vez mais assediados. E agora temos ensino sobre masturbação nas escolas primárias”, reforçou Steve.
Um dos principais deveres das escolas é que os professores e o currículo permaneçam politicamente apartidários. Mas o movimento político de 'libertação' para normalizar e promover a sexualidade com crianças está sendo celebrado em muitas escolas, com as crenças tradicionais e cristãs sobre moralidade deixadas de lado e muitas vezes silenciadas, ele apontou.
“A doutrinação trans de crianças em idade escolar não é aceitável. A igreja precisa encontrar sua voz e proteger as crianças de nossa nação, não tolerando a confusão e a sexualização dos inocentes. Esta não é apenas uma 'guerra cultural', é uma batalha espiritual contra o mal. Igreja de Cristo, onde você está?”, concluiu Steve ao encorajar os cristãos a lutar contra a ideologia trans.