No estado do Paraná, a polêmica das bebidas alcoólicas em estádios de futebol volta a ser tema de debate.
Um novo projeto de lei visa liberar a venda e consumo das bebidas dentro dos estádios, mas isso tem preocupado o delegado Clóvis Galvão, da Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe).
“Eu provo para você estatisticamente que, com dez anos trabalhando com futebol no Paraná, as ocorrências policiais, após a proibição, diminuíram em 60%. Este projeto é um absurdo. Respeito o vereador [que é autor da proposta, Pier Petruzziello], mas ele está completamente equivocado. Isso vem contra toda a questão de segurança pública. Claro que se a lei for aprovada não podemos fazer nada, devemos obedecer”, afirma.
O Ministério Público e a Polícia Civil também entendem que a liberação é inconstitucional porque vai contra o Estatuto do Torcedor. E, segundo Maximiliano Deliberador, promotor na área de Justiça do Consumidor do Ministério Público do Paraná, “seria um caso absurdo uma lei municipal revogar uma lei federal.”
A psicóloga Deuza Avellar, coordenadora do movimento de conscientização política ‘Eu Sou Brasil’, tem se juntado à luta contra a liberação e mobilizado pessoas que também são contra a aprovação.
Ela, que também é evangélica e trabalha, principalmente, com problemas de traumas, sabe o mal que o álcool causa em uma pessoa e o risco que essa liberação pode causar em estádios de futebol.