Após aceitar Jesus, ex-atriz pornô luta contra pornografia: "A Igreja precisa acordar”

Shelley Lubben foi liberta da prostituição e se tornou ministra do Evangelho.

fonte: Guiame, com informações de CBN News

Atualizado: Terça-feira, 23 Julho de 2024 as 10:33

Shelley Lubben. (Foto: Reprodução/Facebook/Pink Cross Foundation)
Shelley Lubben. (Foto: Reprodução/Facebook/Pink Cross Foundation)

Shelley Lubben teve a sexualidade despertada aos 9 anos nos Estados Unidos. Com a ideia sobre sexo deturpada, ela se envolveu com a prostituição e vícios, até que Jesus a resgatou.

“Nos primeiros oito anos da minha infância, minha família estava envolvida em uma boa igreja onde os professores da escola dominical me ensinavam sobre Jesus. Quando pequena, eu amava muito Jesus”, disse ela à CBN News.

Aos 9 anos, Shelley e a família se mudaram para Glendora, na Califórnia. Nesse período, eles pararam de frequentar a igreja e se afastaram de Deus e uns dos outros. 

“Deus não era mais o primeiro em nossa casa e nossa família começou a sofrer”, ela diz.

Assim, Shelley foi apresentada à sexualidade por uma menina e seu irmão adolescente. Para ela, sexo se tornou confuso, pois apesar de se sentir desejada por alguém e receber atenção, ela se sentia suja.

“Eu queria o afeto dos meus pais mais do que tudo, mas não parecia que eu recebia o que precisava. Comecei a sentir ressentimento em relação a eles, e a raiva entrou no meu coração”, relembrou ela.

Com 16 anos, Shelley era sexualmente ativa, bebia bebidas alcoólicas e fumava maconha.

Prostituição

Após anos de conflito com os pais, Shelley foi expulsa de casa: “Eu não tinha dinheiro e pela primeira vez na minha vida, eu sabia o que significava estar realmente com fome. Fiquei desesperada por qualquer ajuda que alguém pudesse me dar”.

Um mês depois, Shelley conheceu um homem que disse que se ofereceu para pagá-la para ter relações sexuais com ele. Então, aos 18 anos, ela se vendeu por US$ 35 e começou uma vida de prostituição.

Por oito anos, ela permaneceu se prostituindo enquanto corria diversos riscos de vida, como perseguição de “clientes” e tentativa de feminicídio.

“O tempo todo Jesus continuou me alcançando, mas eu o ignorei. Imaginei que Deus não estava cuidando de mim, então tive que fazer o que pudesse para sobreviver”, disse ela.

Depois de engravidar, ela começou a refletir: “A realidade me atingiu: eu estava grávida de um ato de prostituição”. Sua primeira filha, Tiffany, nasceu quando ela tinha 20 anos.

Shelley manteve seu estilo de vida e devido à pressão, recorreu ao álcool, cocaína e outras drogas.

“Tiffany cresceu como uma garotinha triste que era negligenciada e cuja inocência era frequentemente violada”, afirmou ela.

“Comecei a me ver como um fracasso total e completo. Perdi toda a autoestima e me odiei por ser uma mãe horrível. Muitas vezes clamei a Jesus para me ajudar, prometendo que se Ele o fizesse, eu o serviria”, acrescentou.


Shelley era viciada em drogas e bebidas alcoólicas. (Foto: Reprodução/CBN News)

Viciada no dinheiro de sua profissão, Shelley foi apresentada à indústria de filmes adultos por uma amiga que lhe prometeu dinheiro fácil. 

“Não há intimidade e é tudo mecânico e bestial. Frequentemente as mulheres estão vomitando fora do set, e a maioria dos atores está usando drogas e álcool", disse Shelley.

Em dois anos, Shelley participou de 20 filmes. Quando ela gravou o primeiro, algo "sombrio" tomou conta dela. 

“O diabo me disse: ‘Veja Shelley, eu vou te tornar famosa, e então todo mundo vai te amar’. Havia processões satânicas em mim enquanto fazia aqueles filmes. Não é algo que a pessoa poderia fazer sem isso”, lembrou ela. 

Depois que contraiu herpes, ela tentou cometer suicídio. Sem esperança, ela deixou a indústria pornográfica, mas voltou à prostituição para sobreviver.

‘Um novo coração’

Em 1994, Shelley conheceu Garrett em um bar. Eles se tornaram amigos, e apesar de saber das condições de Shelley, eles conversavam sobre Jesus.

“Eu nunca conheci um homem como Garrett. Ele me amava e via algo em mim, apesar da minha feiura. Ele queria ser amigo de uma prostituta. Ele me lembrava muito Jesus”, afirmou ela.


Shelley antes da conversão. (Foto: Reprodução/CBN News)

Em 14 de fevereiro de 1995, Garrett e Shelley se casaram: “Sabíamos que Deus nos havia unido, então nos casamos e voltamos para Jesus”.

Tempo depois, Shelley descobriu que estava grávida de sua segunda filha, Teresa. Porém, ela ficou depressiva e voltou a beber.

Shelley estava envolvida com uma igreja local e desenvolvendo seu relacionamento com Deus, mas não conseguia quebrar o ciclo do vício.

Durante dois anos, Shelley lutou contra o alcoolismo e nada que ela tentasse parecia ajudar. Em 2000, ela contou: “Deus falou comigo alto e claro: ‘Da próxima vez que você beber, você morrerá’”.

Seis meses depois, ela estava livre do vício e permaneceu firme com o Senhor: “Eu tive que passar por vários anos difíceis de luto e cura da devastação do meu passado. Eu tive que lutar com fé aplicando a Palavra de Deus em tudo. Quando Satanás me lembrava de todos os velhos filmes pornôs, eu o lembrava de que eu era essa nova criatura que nunca assistia a filmes pornôs. O que quer que eu tivesse que superar, eu lia o que a Palavra de Deus dizia sobre isso e isso resolvia para mim”.

E continuou: "Ele me restaurou completamente. Estou totalmente livre de drogas, álcool, memórias ruins, doenças mentais, traumas sexuais, culpa do passado e tudo da vida antiga. Ele até me curou da doença incurável herpes. Deus pegou uma estrela pornô e prostituta e fez dela uma campeã. Ele a limpou e a ensinou como ser uma ótima mãe, uma esposa amorosa e uma ministra. Ele restaurou minha saúde, minha mente e, acima de tudo, Ele me deu um novo coração".

Ministério 

Shelley contou que o Senhor lhe direcionou a publicar seu testemunho na internet e fundou a “Pink Cross Foundation”, na Austrália. Em 9 de fevereiro de 2019, ela faleceu nos EUA e, ainda hoje, recebe milhares de acessos a cada mês em seu site — muitos de viciados em sexo, cristãos e até mesmo de ministros.

Por anos, Shelley inspirou cristãos a lutar contra a pornografia: “A Igreja precisa acordar para os fatos de que cerca de 48% dos homens nas igrejas estão assistindo pornografia. Satanás é esperto e sabe que a geração mais velha não sabe operar computadores, então ele vai atrás da próxima geração”.

Em uma de suas ministrações, ela encorajou 400 jovens de 12 a 23 anos a lutar contra a pornografia e informou que até mesmo crianças no ensino fundamental se confessaram aos líderes: “Mas, eles não estão preparados para ministrar sobre necessidades profundas. Tudo o que eles podem dizer é: ‘Vou orar por você’. No entanto, há poder disponível para lutar contra Satanás”.

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