Miguel, pastor de 69 anos, sofreu com os intensos conflitos das guerrilhas na Colômbia. Ao sair de sua cidade natal para recomeçar a vida em um estado no Noroeste do país, ele foi contratado como guerrilheiro, mas teve um encontro com Jesus, quando sua filha ficou doente.
Mais de seis milhões de pessoas precisaram deixar suas casas e propriedades para trás, por causa da violência dos conflitos armados das guerrilhas, que se espalharam na Colômbia.
Foi nesse contexto que o pastor Miguel nasceu. Ele tinha 22 anos quando precisou sair de sua casa.
Em pouco tempo, ele foi contratado por um madeireiro que além de oferecer um salário, o integrou em um dos grandes movimentos de guerrilha colombianos, o Exército Nacional da Libertação (ELN, sigla em espanhol).
“Meu chefe dizia que precisávamos pegar as armas para lutar contra a opressão dos ricos e poderosos que humilhavam o povo. Como um jovem apaixonado, me entreguei à luta”, relembrou Miguel.
Segundo a missão Portas Abertas, ele ficou quatro anos na selva com outros guerrilheiros. Mesmo depois de casar e ter uma filha, Miguel continuou envolvido com a guerrilha na cidade, doutrinando outros jovens para ingressarem na luta.
A Bíblia como instrumento de guerra
Cerca de oito anos depois, Miguel fez a primeira tentativa de sair da guerrilha para proteger sua família.
Porém, seus ex-companheiros não aceitaram sua decisão e começaram a persegui-los. Nesse mesmo período, a filha de Miguel ficou muito doente.
De acordo com a Portas Abertas, foi no meio do caos e do medo que Miguel encontrou Jesus. A primeira oração que ele fez foi pela cura da filha:
“Deus, o Senhor tem poder de curar. Cure minha filha e eu lhe servirei”.
Deus ouviu sua oração e curou a menina, então Miguel passou a segui-lo.
“Encontrei cristãos locais que compartilharam o evangelho comigo. Isso mudou minha vida”, contou ele.
Para os que deixam a guerrilha, seguir Jesus se torna um desafio. Miguel se tornou pastor e através da missão Portas Abertas, recebe treinamento bíblico e é discipulado para liderar igrejas na Colômbia.
