Mãe que se recusou a abortar bebê com síndrome de Down testemunha: “Presente de Deus”

Através de sua experiência, Marsha Weigum está ajudando outros pais a lidar com a Síndrome de Down.

fonte: Guiame, com informações de Post Independent

Atualizado: Terça-feira, 9 Janeiro de 2024 as 1:07

Marsha e sua família. (Foto: Reprodução/Facebook/Marsha Weigum)
Marsha e sua família. (Foto: Reprodução/Facebook/Marsha Weigum)

Após receber o diagnóstico de que seu bebê nasceria com Síndrome de Down, a cristã Marsha Weigum foi orientada pela médica a abortar a criança, nos Estados Unidos

Segundo a doutora, o bebê teria um aprendizado lento e dependeria da família. Ela explicou que também havia possibilidade da criança nascer com problemas cardíacos e precisar de uma cirurgia. No entanto, Marsha, que estava grávida do sexto filho, não cedeu à pressão.

“Eu a escutei, mas no minuto em que ela disse ‘aborto’, não quis mais ouvir. Essas crianças são incríveis, são crianças inocentes e agora estou aqui, tendo a minha”, afirmou ela ao Post Independent.

“Eu estava determinada a fazer a diferença”, acrescentou. Para ela, essa experiência serviu de incentivo para ajudar outras mulheres que também recebem o mesmo diagnóstico sobre seus filhos na gravidez.

Então, Marsha buscou por mais orientação e recursos.

‘Nossa voz para os que não têm voz’

Marsha relatou que a maioria das organizações que poderiam lhe ajudar durante a gravidez ficavam em outras cidades e estados. 

“Pensei: ‘Como posso ajudar a próxima mulher que vai enfrentar isso? O que vamos fazer para que ela não tenha que ouvir essa coisa de aborto novamente?’”, relembrou ela.

Tempo depois, ela iniciou a “Our Voice For The Voiceless” (“Nossa voz para os que não têm voz”), uma organização sem fins lucrativos dedicada a atender famílias de crianças com síndrome de Down. 

“Seja o que for que as pessoas precisem, vamos reunir os nossos recursos. Vou mostrar a eles que é possível. Vou mostrar que há esperança e um futuro”, afirmou ela.

A ONG tem previsão de lançamento para outubro de 2024. Enquanto isso, Marsha deseja alcançar organizações comprometidas com a causa para conseguir patrocínio e espalhar a Palavra de Deus.

“No mínimo, quero que as pessoas da comunidade saibam que há esperança. Você sabe o que é esperança real, verdadeira? A esperança é a expectativa confiante de que Deus fará o que diz que fará”, declarou Marsha. 

A instituição irá fornecer materiais informativos, cursos, aconselhamento, eventos e servirá como um lugar de acolhimento onde os pais poderão falar sobre as questões de seus filhos. 

Atualmente, Marsha se comunica com pais de todo o mundo através de uma comunidade no Facebook e um Podcast chamado “Voice Of Hope Show”

Fé em Deus

Marsha testemunhou que seu marido questionava a Deus sobre a síndrome de Down do filho. Então, o Senhor ministrou em seu coração: “É para que a glória de Deus seja manifestada através dele”.

Através desta experiência, o casal contou com a oração da igreja e da família para que o bebê nascesse saudável e sem nenhum problema cardíaco.

Nesse período, ela criou um “quadro de saúde” para o filho, onde colava versículos bíblicos sobre cura e imagens de ultrassom. 

No centro do quadro, Marsha colocou o nome do filho “Nathan” que segundo a passagem bíblica em Jeremias 1:5, significa “presente de Deus”. 

“Isso foi importante para eu me apegar e confiar durante esta gravidez”, disse ela.

Nathan nasceu sem problemas cardíacos e Marsha continuou buscando a orientação do Senhor para cuidar do filho.

Ela citou Provérbios 31:8-9: “Fale em favor daqueles que não podem se defender; garanta justiça para os que estão aflitos. Sim, fale em favor dos pobres e desamparados, e providencie que recebam justiça”.

“Eu amo tanto este versículo porque se meu marido e eu não decidíssemos falar em defesa dessa criança, ela não estaria aqui. Então, percebi que preciso ser a voz daqueles que não têm voz”, relatou ela. 

Hoje, Nathan tem cinco anos e mora com os pais e irmãos no Colorado.

“Esta é a história de Nathan. Esta não é a minha história. Estamos apenas falando por ele até o dia em que ele possa falar por si mesmo”, concluiu Marsha. 

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