Marido e mulher com câncer avançado sobrevivem através da fé: "Deus conta nossos dias"

Em 2005, Carol e Lynn foram desenganados pelos médicos. A esposa tinha apenas dois anos de vida, mas Deus entrou em ação.

fonte: Guiame, com informações de Guide Posts

Atualizado: Segunda-feira, 30 Junho de 2025 as 12:55

Carol e Lynn. (Foto: Reprodução/YouTube/Guide Posts).
Carol e Lynn. (Foto: Reprodução/YouTube/Guide Posts).

O casal cristão Carol e Lynn Kuykendall, dos Estados Unidos, estava no auge de suas vidas quando foram surpreendidos por uma trágica notícia: ambos receberam o diagnóstico de câncer em estágio avançado, em 2005.

“Eu tinha acabado de completar 60 anos. Lynn tinha 62 anos. Pensamos que estávamos na melhor década de nossas vidas. Então nós dois fomos diagnosticados com câncer. Lynn com um tumor cerebral maligno; eu, seis semanas depois, com câncer de ovário em estágio 4”, contou Carol, em entrevista ao Guide Posts.

O médico oncologista informou que a mulher viveria no máximo dois anos. “Ele me deu uma sentença de morte. Tentei processar a previsão chocante: eu poderia estar morta em dois anos”, lembrou.

No início do tratamento, o casal acreditou que se isolar e lutar contra a doença sozinhos seria o melhor para todos. 

“A quimioterapia era desgastante, física e espiritualmente. Meu primeiro instinto foi me retirar para a privacidade de casa, onde eu poderia estar mais fraca e vulnerável. Meu cabelo estava caindo. Eu não tinha energia. Eu não podia ir trabalhar ou fazer uma caminhada nas montanhas ao redor de nossa casa no Colorado. Eu não conseguia nem ir à igreja”, comentou Carol.

“O que eu diria quando todos perguntassem como Lynn e eu estávamos? Eles não gostariam de ouvir que estávamos nos sentindo desanimados, com medo e sobrecarregados, assim como eu não queria ouvir sugestões bem-intencionadas sobre dietas especiais ou suplementos milagrosos que nos curariam”.


Carol e Lynn durante o tratamento do câncer. (Foto: Reprodução/YouTube/Guide Posts).

Apoio da igreja

Até que o pastor do casal os visitou e mostrou que a batalha contra o câncer podia ser vivida de outra forma.

"Lembre: só de aparecer, você encoraja os outros. Você não precisa dizer nada. Eles veem você e veem sua força. Eu chamo isso de dom da presença”, afirmou o líder.

Então, Lynn e Carol voltaram a participar dos cultos e receberam apoio e força de toda a congregação.

“Na primeira vez, saímos antes do fim do culto para evitar conversas. Naquela tarde, recebi um e-mail: ‘Você me abençoou porque veio à igreja’. No meio da semana, recebi meia dúzia de cartões dizendo a mesma coisa. Essa resposta nos deu a motivação para continuar voltando. E às vezes a coragem de ficar e conversar com as pessoas”, relatou a esposa.

Unidos e confiando em Deus

Junto com a ajuda de Deus e através da oração, o casal enfrentou a doença ajudando um ao outro, e passaram a ter esperança no futuro e a acreditar em um milagre.

“Lynn e eu estávamos presentes um para o outro. Dirigindo juntos para nossas consultas médicas (eram dezenas) e nossos tratamentos. Deitados na cama, se recuperando da quimioterapia (Lynn também passou por radiação), às vezes fraco demais para se mover. Foi o suficiente para saber que estávamos lá um para o outro, como estávamos há mais de 40 anos de casamento”, declarou Carol.

Mais tarde, Lynn decidiu continuar trabalhando para aproveitar o restante de sua vida normalmente.

Seguindo o exemplo do marido, Carol fez o mesmo. Ela voltou a ensinar em um grupo de mães cristãs, a cuidar de suas netas, e fazer jantares com a família com mais frequência.

“Escolhemos olhar para o nosso futuro com esperança. Lynn e eu não tínhamos certeza se tínhamos muito tempo, mas, estranhamente, tínhamos muito tempo em nossas mãos. Então fizemos uma lista de desejos. Coisas que queríamos fazer. Lynn queria ir para o Alasca. Eu queria visitar a cidade de Nova York na época do Natal”, disse a cristã.

“Só Deus conta meus dias”

Carol descansou quando compreendeu que sua vida estava nas mãos de Deus. “Meu foco era viver um dia de cada vez. Mas ao aceitar que eu não poderia controlar quando eu morreria, que só Deus conta meus dias, eu encontrei uma liberdade que eu não teria conhecido de outra forma”, declarou.

No outono, amigos do casal plantaram sementes de tulipas e narcisos no jardim da casa deles, em um ato de fé, declarando que Carol e Lynn sobreviveriam e veriam as flores desabrocharem na próxima primavera.

“Como ser otimista quando você pode não ter muito tempo de vida? Esteja aberto à promessa de Deus de cultivar coisas boas em lugares difíceis. Esteja aberto para descobrir uma nova esperança”, encorajou Carol.

Uma das filhas do casal, Kendall, também colocou uma placa “Acredite” na cozinha da casa para fortalecer a fé dos pais. "Mãe, você e papai só precisam acreditar", disse Kendall.

“Eu vi a placa todos os dias, e todos os dias me lembrou que a fé supera as mentiras terríveis que me distraem. Lentamente, uma paz estranha tomou conta de mim, uma confiança de que Deus proveria e prepararia Lynn e eu para o nosso futuro, independentemente do resultado”, testemunhou Carol.

Sobrevivendo ao prognóstico

O tempo passou e o casal conseguiu cumprir toda sua lista de desejos. Milagrosamente, Carol sobreviveu, assim como seu esposo.

Após décadas do diagnóstico, os cristãos estão vivendo em plena saúde, cumprindo seus propósitos no Reino.

“Estamos agora no que chamo de nosso Desvio Divino, usando o que aprendemos em uma época de nossas vidas para realizar os propósitos de Deus. Foi necessária uma sentença de morte para nos ensinar a viver com intencionalidade”, observou Carol.

Lynn serve em sua igreja como conselheiro e atua como voluntário em um hospital psiquiátrico. Já Carol continua ensinando no grupo de mães cristãs e apoia pacientes com câncer.

“Passei a ver isso como meu novo propósito, a razão pela qual ainda estou aqui: encorajar outras pessoas que vivem com câncer”, comentou ela.

“Só Deus sabe quando nossas jornadas terminarão. Tudo entre agora e hoje é um mundo de possibilidades que somos colocados aqui para ajudar uns aos outros a descobrir”, ressaltou.

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