Médico do exército judeu se torna evangelista, após aceitar Jesus através de paciente

O Dr. Max Rossvally teve uma grande lição de fé através do sofrimento de seu paciente, que o evangelizou antes de morrer.

fonte: Guiame, com informações de God Reports

Atualizado: Quarta-feira, 1 Novembro de 2023 as 2:40

Pastor Peter Colon, que interpreta o papel de Max no filme. (Foto: Reprodução/Rossvally The Movie)
Pastor Peter Colon, que interpreta o papel de Max no filme. (Foto: Reprodução/Rossvally The Movie)

O primeiro contato com o Evangelho de um cirurgião do exército judeu foi através da coragem de um soldado gravemente ferido na Batalha de Gettysburg, durante a Guerra Civil Americana que durou de 1861 a 1865.

O Dr. Max Rossvally foi forçado a amputar uma perna e um braço do jovem, na tentativa de salvar sua vida.

“Durante a Guerra Civil Americana, fui cirurgião do Exército. Após a batalha de Gettysburg, centenas de soldados feridos necessitaram de atenção médica imediata. Muitos ficaram tão gravemente feridos que precisaram amputar alguns membros”, disse o doutor, segundo seu site biográfico.

Charlie Coulson, de 17 anos, estava no serviço militar há três meses. Antes de ter a perna amputada, os médicos tentaram dar clorofórmio a ele, porém, o jovem escolheu confiar em Jesus. 

O médico, que era major do exército e judeu ortodoxo, ficou surpreso com a coragem do rapaz, que também declarou sua fé em Jesus e implorou ao doutor que depositasse sua confiança em Cristo, que é o Messias judeu.

“Ele disse: ‘Doutor, numa tarde de domingo na Escola Dominical, quando eu tinha nove anos e meio, eu aceitei o Senhor Jesus Cristo como meu Salvador. Aprendi a confiar nele naquela época, sei que posso confiar nele agora. Ele é minha força. Ele me apoiará enquanto você corta meu braço e minha perna’", relembrou Max. 


Dr. Max Rossvally. (Foto: Reprodução/Rossvally The Movie)

O doutor perguntou se Charlie gostaria de tomar um pouco de conhaque, como uma forma de aliviar a dor, mas o jovem respondeu:

“Doutor, quando eu tinha cerca de cinco anos de idade, minha mãe se ajoelhou ao meu lado com os braços em volta do meu pescoço e disse: ‘Charlie, agora estou orando ao Senhor Jesus para que você nunca conheça o sabor de uma bebida alcoólica. Seu pai morreu bêbado e pedi a Deus que o usasse para alertar os jovens contra os perigos da bebida'”.

E continuou: “Agora tenho 17 anos e nunca tomei nada mais forte do que chá ou café. Provavelmente morrerei e irei para a presença do meu Deus. Você me enviaria para lá, cheirando a conhaque?”.

A semente do Evangelho

Naquela época, Max odiava Jesus, mas respeitava a lealdade daquele menino ao seu Salvador. Quando viu como ele amava e confiava no Senhor, ele confessou que algo tocou seu coração.

Enquanto estava tendo seus membros cortados, Charlie disse: “Bendito Jesus, fique comigo agora”. Dias depois, ele recebeu a visita de cristãos que leram a Bíblia e cantaram louvores com ele.

Toda essa experiência em meio a dor mexeu com Max, que não conseguia entender de onde vinha tamanho contentamento. Alguns dias depois, antes de morrer, Charlie pediu que o chamasse.

“Ele disse: ‘Eu sei que você é judeu e que não acredita em Jesus, mas quero que fique comigo e me veja morrer confiando em meu Salvador até o último momento da minha vida’. Tentei ficar, mas não consegui. Não tive coragem de ficar parado e ver um verdadeiro cristão morrer, se regozijando no amor de Jesus, a quem fui ensinado a negar”, relembrou Max.

Ele estava determinado que nenhuma conversa sobre Jesus iria o influenciar, mas Charlie continuou: “Doutor, eu o amo porque você é judeu. O melhor amigo que encontrei neste mundo também era judeu. Jesus, o Cristo, e quero apresentá-lo a Ele antes de morrer. Enquanto você me operava, orei e pedi ao Senhor que você fosse salvo”.

“Suas palavras perfuraram profundamente meu coração. Eu não conseguia entender como, quando eu estava lhe causando a dor mais intensa, ele conseguia esquecer tudo e pensar apenas em seu Salvador e em minha necessidade espiritual. Me lembrei de ter pensado com que alegria eu teria dado tudo o que possuo, se pudesse ter sentido por Jesus o que ele sentia”, disse Max. 

Encontro com Jesus

Com a continuação da guerra e as companhias mundanas dos oficiais, gradualmente Max esqueceu do testemunho de Charlie. Até que anos depois, ele entregou sua vida a Jesus.

“Aceitei Jesus Cristo como meu Salvador e Messias pessoal. Teve um custo alto. Minha família, meus sogros e minha querida mãe me rejeitaram”, contou ele.

Dezoito meses após sua conversão, ele foi a uma igreja no Brooklyn onde os cristãos estavam testemunhando a bondade de Deus. Depois de vários relatos, uma idosa que tinha problemas no pulmão se levantou e disse: 

“Queridos amigos, esta pode ser a última vez que terei a oportunidade de compartilhar publicamente o quão bom o Senhor tem sido para mim. O que resta de mim pertence a Jesus. É uma grande alegria saber que em breve encontrarei meu filho no céu. Meu filho não era apenas um soldado de seu país, mas também um soldado de Cristo. Ele foi ferido na batalha de Gettysburg e foi cuidado por um médico judeu, que amputou seu braço e sua perna. O capelão do regimento me escreveu uma carta e me enviou a Bíblia do meu filho”.

No mesmo instante, Max se lembrou de Charlie e correu até a mulher: “Peguei sua mão e disse: ‘Deus a abençoe, minha querida irmã. A oração do seu filho foi ouvida e respondida. Eu sou o médico judeu pelo qual seu Charlie orou, e seu Salvador agora é meu Salvador”, testemunhou ele. 

Max se tornou um evangelista mundial. Sua esposa, filha e filho também aceitaram Jesus. Ele fundou uma associação cristã hebraica em Nova York e morreu em 1892, aos 64 anos.

Atualmente, sua história está narrada em um DVD projetado como uma ferramenta para evangelismo, educação e edificação. O pastor Peter Colon faz parte desse projeto e interpreta o doutor na trama.

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