Durante 17 anos, Angie Foxworth lutou contra a depressão e pensamentos suicidas. Mesmo crescendo em um lar cristão, ela enfrentou inseguranças sobre sua aparência física e senso de pertencimento na família.
"Eu não me parecia com meus irmãos. Eu era magra. Minha pele era diferente, o comprimento do meu cabelo era diferente. E eu sempre quis me parecer com eles. Eu senti que não me encaixava”, lembrou ela, em entrevista à CBN News.
Na infância, Angie chegava a orar pedindo a Deus para ser parecida com sua família. "Isso criou uma sensação de que não sou boa o suficiente”, disse.
Aos 14 anos, a menina buscou atenção namorando universitários. Mais tarde, ela engravidou e casou com o pai do seu filho. Mesmo formando uma família, Angie continuou sentindo vazio e rejeição em sua alma.
Acreditando em mentiras
Anos depois, ao descobrir que foi traída pelo esposo, sua saúde mental piorou. "Isso reforçou a baixa auto-estima e o ódio de si mesma: ‘Você não merece ser amada’. Eu menti para mim mesmo e acreditei que Deus não se importava”, contou.
"Eu me odiava. Eu odiava viver. Eu odiava acordar de manhã. Eu queria morrer dormindo”, acrescentou.
Dez anos depois, Angie deu uma carona a um homem e foi estuprada por ele, agravando ainda mais seu estado psicológico. Ela passou a ter pensamentos suicidas e a planejar tirar sua própria vida.
“Eu senti a escuridão. O inimigo me disse: ‘Ninguém te ama’. Eu senti que precisava escapar e que essa era a única saída”, revelou ela.
Cartas de despedida
Até que, certo dia, Angie colocou seu plano em ação. A mulher se hospedou em um hotel, escreveu cartas de despedida e engoliu pílulas para se envenenar.
"Eu disse: ‘Deus, eu sei que não vou ver seu rosto. Acordarei no inferno e por isso, sinto muito’. E isso foi tudo que eu disse e fiquei lá esperando para morrer”, afirmou.
Entretanto, nada aconteceu. Angie saiu do hotel e dirigiu seu carro com o objetivo de se acidentar.
Mas, ela acabou tendo uma parada cardíaca e foi encontrada caída no estacionamento. A suicida foi levada ao hospital e socorrida pelos médicos, que conseguiram reanimá-la.
“Todas as mentiras foram destruídas”
Tempo depois, ela começou a ir à igreja em busca de paz. Em um culto de domingo em 2012, Angie foi até o altar e aceitou Jesus como seu Salvador.
“Comecei a chorar. Eu disse: ‘Deus, sinto muito por tudo'. Tudo o que ouvi foi: 'Minha filha, eu te amo'. Senti que Deus me envolveu com Seu amor. Eu nunca tinha experimentado isso na minha vida antes”, testemunhou.
“Todas as mentiras foram destruídas. Eu sabia que Deus me criou à Sua imagem, e eu não era lixo. Eu sabia que merecia ser amada e sabia que nunca mais tentaria o suicídio. Naquela noite, Deus me libertou”, declarou ela.
Hoje, Angie serve como ministra em sua igreja local e fala sobre saúde mental em seu podcast "Real Talk Angie". Ela tem compartilhado seu testemunho para ajudar outras pessoas a encontrar cura em Jesus.
“Quando a vida te derrubar, apenas confie em Deus. Isso é tudo o que Ele quer que você faça. Dê a Ele o seu sim e confie Nele”, concluiu.
Caso você esteja pensando em cometer suicídio, procure ajuda especializada como o CVV e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) da sua cidade.
O CVV (https://www.cvv.org.br/) funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.
