
Um casal cristão nos Estados Unidos está encorajando a Igreja a manter a fé em Jesus enquanto lutam para superar graves problemas de saúde.
Chris e Alison Wilson se conheceram em um estudo bíblico em 2002. Dois anos depois, eles se casaram e iniciaram a viver a realização de seus sonhos.
Em 2011, eles se mudaram para Kansas City, compraram uma casa dos seus sonhos, fizeram novos amigos e se estabeleceram em uma igreja local.
No entanto, durante um culto em março de 2012, Alison começou a sentir náuseas e o casal precisou ir para casa.
Naquela noite, Chris percebeu que a situação era grave quando os olhos de Alison não estavam mais alinhados e sua fala ficou arrastada.
Alison foi levada para o pronto-socorro, onde os médicos inicialmente suspeitaram de meningite. Só mais tarde foi descoberto que ela havia sofrido um derrame cerebral maciço — ocorre quando um paciente está se deteriorando muito rápido porque há aumento do desenvolvimento de sangue nos tecidos do cérebro e ele começa a perder muitas de suas funções, incluindo suas funções vitais. Então, aos 31 anos, Alison perdeu a capacidade de se mexer e falar.
Complicações médicas
Atualmente, Alison vive na casa de repouso de Maranatha Village, uma comunidade de aposentados fundada por uma Assembleia de Deus em Springfield, Missouri.
Chris, de 43 anos, relembrou como foi os primeiros dias após o derrame de Alison, há quase 13 anos.
“Mesmo enquanto estava em suporte de vida na UTI, eu sabia que ela ainda estava lá", disse Chris à AG News.
Ele explicou que sua esposa sofreu com a "síndrome do aprisionamento" — que ocorre quando uma pessoa está mentalmente e emocionalmente presente em seu corpo, mas é incapaz de se comunicar.
Alison recebeu alta da UTI após um mês e foi transferida para um hospital de reabilitação em Nebraska, onde permaneceu por três meses.
Nos anos seguintes, além de lidar com as circunstâncias difíceis causadas pelas sequelas de Alison, o casal também enfrentou complicações médicas, limitações de seguro, assistência e muito mais.
Tempo depois, eles se mudaram para o Kansas, onde conseguiram comprar uma casa que foi projetada para ser acessível a cadeiras de rodas e era perfeitamente adequada às necessidades de Alison.
Decisão difícil
Embora estivessem trabalhando para conseguir seguir em frente, crises médicas contínuas e outros fatores urgentes continuavam atormentando o casal.
No entanto, mesmo debilitada Alison continuou a servir e a abençoar outras vidas através de um blog. Nos primeiros dias da doença, ela digitava com a ajuda de um aparelho.
Em 2016, uma doença que se transformou em sepse alterou o estado mental de Alison e, mais uma vez, eles precisaram se adaptar à nova rotina.
"Foi difícil para mim, eu não conseguia reconhecer minha esposa. Porém, ela conseguiu receber um remédio que a ajudou, e conseguimos nos conectar novamente”, contou Chris.
Durante todo o processo, Chris foi contra colocar Alison em uma casa de repouso. Ele tinha medo que sua esposa fosse machucada ou abusada.
No entanto, após ouvir os conselhos de um amigo, ele reconheceu que, apesar de seu desejo de fazer o melhor por Alison, ele não era mais capaz de dar a ela a qualidade de vida que ela precisa, mantendo-a em casa.
Então, em 2023, após muitas pesquisas, Chris ajudou Alison a se estabelecer em sua nova casa em Maranatha.
“Foi doloroso tomar essa decisão. No entanto, agora que está na Maranatha, Alison está fazendo terapias novamente, fica em pé na cadeira todos os dias, vai a muitas atividades, recebe mais visitas, está fazendo amizade com a equipe, tem cuidados médicos que, de outra forma, exigiriam idas ao médico e muito mais. Ela até tem um novo dispositivo de comunicação e está escrevendo novamente”, relatou ele.
E continuou: “Alison sobreviveu e suportou muita coisa. Ainda assim, ela sorri. Passei muito tempo bravo com Deus, me perguntando como Ele pôde permitir que isso acontecesse com alguém tão maravilhosa. Às vezes, ainda luto. Mas para mim, como um mero humano, pensar que poderia saber o que Ele está fazendo em todo o grande esquema de toda a criação é bem bobo. Conhecemos Jeremias 29:11 e sabemos que seu plano não é nos prejudicar”.
Em seguida, Alison cita a passagem bíblica em Joel 2:25, que diz: “Eu te retribuirei pelos anos que os gafanhotos comeram”.
Alison consegue se comunicar digitando com o dedo do pé. (Foto: Reprodução/AG News)
Encorajamento
Hoje, além do trabalho em tempo integral e de visitar Alison regularmente, Chris também é parceiro da Maranatha Village e ajuda em seus esforços de comunicação.
Ele trabalha ao lado do CEO Brian Miller e do missionário residente e aposentado da AGWM Jerry Falley.
“Vemos muitos exemplos de comprometimento na Maranatha Village. Mas um que chama a minha atenção é o de Chris e Alison. Vê-los desenvolver a vida como um casal e tudo o que foi investido em seus cuidados é uma história tocante. O comprometimento de Brian em fazer todo o possível para ajudar o casal a atingir seus objetivos é admirável”, disse Jerry.
E continuou: “Hoje, Alison consegue falar com o marido usando o dedão do pé e digita: 'Eu te amo'. Isso é incrível! O relacionamento deles é um tesouro. A fidelidade de Deus contada por meio dessa história é evidente. É um testemunho que encorajará centenas de crentes a enfrentar seus próprios desafios”.
O casal contou que eles tiveram que se tornar muito mais intencionais e pacientes ao aprender a se comunicar um com o outro. Chris também destacou estar otimista com os avanços da tecnologia que lhe ajudam nesse processo.
“As pessoas costumam dizer coisas como: 'Não sei como você faz isso'. Eu imediatamente penso que Alison faria o mesmo por mim”, afirmou ele.
Para Alison, seus olhos continuam firmes no amor e na cura de Jesus. Ela concluiu citando Romanos 8:28, que diz: “E sabemos que Deus faz todas as coisas cooperarem para o bem daqueles que o amam e que são chamados de acordo com seu propósito”.
“Há tempo para a cura, seja qual for a aparência da situação”, concluiu ela.