O canal “Perguntar Não Ofende” publicou na última segunda-feira, 25, um vídeo onde o contribuinte Pedro Lucas Dulci argumenta sobre o problema com a pornografia, e principalmente o problema social que ela causa nas pessoas e em seu meio. Pedro inicia o vlog contando uma história que ele classifica como “lenda urbana” que surgiu em 2008 em Goiânia. A história fala de uma menina que foi em uma balada quando completou 18 anos e ganhou uma marca estranha na boca ao beijar um rapaz. Preocupada, a moça foi ao médico e ela descobriu que o tal rapaz mantinha relações necrófilas.
“A nossa cultura pornográfica é uma cultura necrófila, porque o que ela faz é justamente separar quem é a pessoa do corpo dela”, conta. Porque quando você assiste um vídeo pornográfico, o que você está tendo ali são dois corpos em atividades sexual e você não sabe absolutamente nada sobre aqueles dois atores. Não sabe o nome deles verdadeiro, não sabe o que eles estão passando. Não sabe quem eles são. O que tem ali é nada mais que dois corpos em ação sexual”, comenta.
Pedro faz um paralelo da pornografia com a cultura e a bíblia. “Isso gera na nossa cultura uma cultura de necrofilia em que o ponto é só o corpo. É muito venal, é muito meramente biológico. E quem está preocupado com isso, são os animais. Esse é o problema da pornografia, porque na tradução judaica-cristã, aquilo que separa o corpo da alma da pessoa é o pecado, a morte”, ressalta.
Dados Importantes
“Para você ter uma dimensão de como essa cultura necrófila opera na nossa sociedade, 25% de todas as pesquisas que são feitas em ferramentas de busca, como por exemplo, o Google, são sobre pornografia. Isso ai dá 750 milhões de procuras por dia. 35% de todos os downloads na rede também giram em torno de pornografia. Só nos Estados Unidos que a indústria pornográfica é bem organizada, são gastos 3 mil dólares por segundo em pornografia. E a renda total que a indústria pornográfica recebeu em 2015 foram 97 bilhões de dólares”, pontua.“Esse faturamente é maior que o da Apple, da Wallmart e da Netflix juntos”, adiciona a informação.
Cultura de Violência
“A pornografia também traz uma cultura de violência. Uma fundação de uma ex-atriz pornô que se converteu, a “Pink Cross Fundation”, ela fez uma pesquisa nos 50 mais acessados vídeos pornográficos e ela reparou que desses 50 vídeos havia 304 cenas de violência, sendo que 88% dessas violências eram violências físicas também e 94% dessas violências eram contra mulher”, fala.
Sobre Pedro Lucas Dulci
Pedro é Doutorando em Filosofia (Universidade Federal de Goiás) onde desenvolveu pesquisa em ética e filosofia política contemporânea. Especialista em Desafios nas Relações Internacionais (Université de Genève/Leiden). Realizou um período de mobilidade no ano acadêmico de 2012-2013, na Universidade do Porto, Portugal. Além disso, graduou-se em Filosofia (UFG), foi pesquisador bolsista do Programa de Iniciação Científica - PIBIC/CNPq por dois anos (2009-2011). Também tem formação em Teologia pelo Instituto Bíblico das Assembleias de Deus de Campinas e uma graduação em andamento no Seminário Presbiteriano Brasil Central, com ênfase nos autores holandeses da teologia bíblica (Herman Ridderbos) sistemática (Herman Bavinck) e filosófica (Abraham Kuyper e Herman Dooyeweerd) e membro do Movimento Mosaico e da Igreja Presbiteriana Beréia em Goiânia.
Assista o vídeo