Gabriela Gomes: “Eu venci a depressão compartilhando a minha dor”

Em entrevista ao Guiame, a cantora contou como superou uma das fases mais difíceis de sua vida.

fonte: Guiame, Luana Novaes

Atualizado: Segunda-feira, 23 Julho de 2018 as 3:53

Dizem que filho de peixe, peixinho é. Com Gabriela Gomes, o processo foi um pouco diferente. Embora seja filha de um dos maiores nomes da música gospel, Marquinhos Gomes, cantar não era um sonho de infância.

“Eu nunca tive a pretensão de ser cantora, apesar de sempre cantar. Teve um momento na minha vida em que eu quis fugir disso, mas Deus falou para mim: ‘Eu te chamei. Você tem o propósito de reacender a chama que foi perdida no coração da minha igreja’”, disse ela ao Guiame na Expoevangélica 2018.

“Eu aceitei essa chamada de Deus, mas as coisas não aconteceram imediatamente. Eu aprendi a viver um relacionamento com Deus, aprendi a amar e caminhar com Deus. Eu entendo que mais importante do que levar algo é você viver algo com Deus”, acrescentou Gabriela.

Depressão

Um dos momentos mais difíceis na vida de Gabriela foi quando ela teve que lidar com a depressão e síndrome do pânico. Ela reconhece a doença como um problema presente na igreja, mas acredita que o processo de cura está nos relacionamentos.

“Eu acho que a depressão é uma fraqueza que muita gente não quer admitir — e esse é o maior problema”, ela avalia. “Jesus é muito claro sobre sermos família e sermos um com os nossos irmãos. Quando estamos em família, não há segredos. O problema da igreja talvez não seja encarar a depressão, mas sim caminhar em família, porque quando caminhamos em família, um ajuda o outro sem julgamentos. Eu venci a depressão compartilhando a minha dor sem medo de ser julgada”.

Para as pessoas que estão passando por dores profundas na alma, Gabriela destaca a importância de pedir ajuda e construir uma identidade em Deus.

“Busque entender quem você é em Deus — você é filho, você é amado, você é escolhido para ser um com Ele. Quando essa verdade entra no seu coração, a tristeza pode vir, mas nada pode te paralisar. Talvez não mude a circunstância, mas muda a forma como você olha para a circunstância”, aconselha.

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