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Dissidentes pararam nesta segunda (11); Adufg diz que movimento é ilegal

Adesão à greve divide professores da Universidade Federal

Atualizado: Terça-feira, 12 Junho de 2012 as 8:40

Professores da Universidade Federal deGoiás vivem uma disputa por conta da adesão à greve nacional nas instituições de ensino superior, deflagrada há quase um mês. Enquanto a Associação dos Docentes da Universidade Federal de Goiás (Adufg) marcou um plebiscito para o próximo dia 13, um grupo dissidente decidiu paralisar as atividades, a partir desta segunda-feira (11), à revelia.


Coordenador provisório do comando local de greve, o professor Fernando Lacerda alega que o grupo foi constituído em assembleia na noite da última quarta-feira (6), com a participação de 300 docentes, entre sindicalizados e não-filiados. Segundo ele, nesta segunda, 10 das 28 unidades da instituição tiveram algum tipo de paralisação. A assessoria da universidade confirma a suspensão de atividades apenas dos campi do interior do estado (Jataí, Catalão e cidade de Goiás).

Para a presidente da Adufg, Rosana Borges, a greve deflagrada pelo grupo dissidente é ilegal. "Eles tumultuaram a assembleia, um professor foi agredido e, como não tínhamos condições de garantir a nossa integridade física, suspendemos a reunião", explica. Imagens gravadas por cinegrafista amador mostram o momento da confusão.

Rosana Borges diz que apesar do movimento grevista paralelo, o plebiscito marcado para o dia 13 está mantido. Por causa do risco de conflito, a votação se dará de forma eletrônica, acompanhada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público do Trabalho e Tribunal Regional Eleitoral (TRE).


Segundo a presidente o sindicato, os professores filiados receberão uma senha por e-mail para participar da votação online. No caso dos professores aposentados que não acessam a internet, o TRE disponibilizou urnas eletrônicas.
Iniciada no dia 17 de maio, a greve dos professores das universidades federais conta com a adesão de trabalhadores em 51 instituições de ensino superior. As principais reivindicações dos trabalhadores são o aumento do piso salarial, ajustes na proposta de reestruturação do plano de carreira e melhores condições de trabalho.

Servidores
Nesta segunda-feira a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores Técnico-administrativos das Universidades Brasileiras (Fasubra) anunciou adesão à greve dos professores federais. A posição nacional do sindicato será avaliada pelos servidores da UFG na manhã desta terça-feira (12), em assebleia na Faculdade de Educação.


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