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Instalação de câmeras de segurança e catracas eletrônicas é tema polêmico na FEA

Instalação de câmeras de segurança e catracas eletrônicas é tema polêmico na FEA

Atualizado: Quinta-feira, 19 Maio de 2011 as 3:55

Medidas de segurança já vinhas sendo tomadas no campus da USP (Universidade de São Paulo). A instalação de câmeras de segurança, por exemplo, já começou e já provocou polêmica com os alunos, segundo o diretor da FEA (Faculdade de Economia e Administração) da USP (Universidade de São Paulo), Reinaldo Guerreiro.

"Implantamos câmeras - o que gerou polêmica entre os alunos, mas já prevíamos que isso podia acontecer", disse Guerreiro.

Um aluno do curso de ciências atuariais, Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos, foi morto com um tiro na cabeça por volta das 22h desta quarta-feira (18) no estacionamento da faculdade, na qual entrou em 2007.

Segundo ele, o o segundo passo é melhorar a iluminação externa e o terceiro, que é o mais polêmico de todos, é a instalação de catracas para "controle de presença de estranhos".

"Os alunos precisam entender que isso é para dar mais liberdade", argumenta Guerreiro.

A entidade que representa os estudantes, no entanto, diz que não tem posicionamento sobre esse assunto. "Não há posição do centro acadêmico sobre isso [medidas de segurança], agora que vai entrar na pauta", diz o estudante Antônio Ravioli, 20, estudante de economia e diretor do CA. "Melhoria da segurança não significa apenas PM, por isso a gente pede iluminação", afirma.

"Por que não priorizar a iluminação?", questiona Ravioli. "Se aqui é a área mais nobre, que fica do lado da reitoria e perto dos bancos onde há uma ronda constante, imagina nos outros lugares? Por isso essas nossas reivindicaçãoes são para toda a USP e não apenas para a FEA"

Preocupação

A presidente do centro acadêmico da FEA, Maíra Madrid, confirma a reclamação do estudante: "a gente já tinha reclamado [da falta de segurança]". Entre os pedidos dos alunos está mais iluminação e aumento do efetivo da Guarda Universitária. Sobre aumento da presença da PM (Polícia Militar), a líder estudantil disse que "a gente ainda tem que debater isso". A comunidade da USP tem resitências sobre a atuação da PM no campus.

"Esse medo da polícia é anacrônico, vem da ditadura, mas não tem mais sentido hoje em dia", argumenta Pedro Henrique. "A policia não pode tirar a nossa liberdade, mas ela precisa nos proteger dos assaltantes."

A estudante do primeiro ano de odontologia, Caroline Dias de Oliveira, 20, também estava em frente à FEA com seus colegas de turma. "Viemos protestar contra a falta de segurança. Já aconteceu sequestro relâmpago, assalto, aqui é muito visado: tem banco, pode acontecer com qualquer um", disse a caloura.

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