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Corinthians e Palmeiras se unem por 'Clássico da Paz'

Corinthians e Palmeiras se unem por 'Clássico da Paz'

Atualizado: Sexta-feira, 14 Fevereiro de 2014 as 6

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Numa iniciativa inédita, Corinthians e Palmeiras se juntaram para uma entrevista coletiva nesta sexta-feira, no Salão Nobre do Pacaembu, para promover a paz às vésperas do dérbi, que será realizado no estádio municipal, neste domingo, pela oitava rodada do Campeonato Paulista.
 
Mário Gobbi e Paulo Nobre, presidentes de Corinthians e Palmeiras, trocaram vários elogios mútuos, assim como os treinadores Mano Menezes e Gilson Kleina.
 
- Estamos aqui reunidos com a única mensagem de dizer que Palmeiras e Corinthians são apenas, e nada mais do que apenas, adversários durante 90 minutos da partida. Atitudes como a de hoje contribuem com certeza para a diminuição da violência - disse Mário Gobbi, elogiando, na sequência, Paulo Nobre como "uma das boas novidades do meio do futebol, com ideias novas".
 
- Somos amigos, adversários, mas não inimigos. Em campo, vou fazer de tudo para ver meu time ganhar. Depois, nada impede que eu saia com o Mário Gobbi para comermos uma pizza - emendou Paulo Nobre.
- Odiar o torcedor adversário é insano - completou.
 
Ao falar sobre sua preocupação com a violência, Mano Menezes lembrou a morte do cinegrafista Santiago Andrade, da Rede Bandeirantes, atingido por um rojão durante a cobertura de um protesto no Rio de Janeiro contra o aumento das passagens de ônibus. O treinador disse que já vinha alertando que isso poderia ocorrer no meio do esporte, dada a violência de torcidas organizadas contra jogadores, dirigentes e membros da imprensa.
 
- Vivemos um momento perigoso em que cada um tem de entender sua parte. Este gesto é simbólico, mas espero que não pare por aqui - disse Mano.
 
- As coisas só vão melhorar quando houver a conscientização das pessoas - comentou Gilson Kleina.
 
Os treinadores também trocaram elogios.
 
- Mano fez parte da revolução tática no Brasil. Desde as equipes menores que comandou no Sul, ele usava uma postura agressiva. Nenhum profissional chega à seleção brasileira por aventura, chega por ser profissional e muito gabaritado.
Como pessoa, dispensa comentários. É um pai de família, um amigo - disse Kleina.
 
- Conheci o Gilson através de um amigo comum, Jair Leite, treinador de goleiros. Quando o Corinthians conquistou o título da Série B em Criciúma, treinamos no Caxias e o Gilson estava por lá. Ele sempre mostrou qualidade - emendou Mano.
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