Luzinê de Araújo dos Santos, acusado de sequestrar, estuprar e matar Cloé Muratori Paroli, em 2008 foi condenado a 37 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado.
O júri popular aconteceu no Fórum Doutor Osório Borges de Menezes, na cidade de Porto Seguro, região sul, nesta quinta-feira (20), e durou cerca de 11 horas. Durante a fala do réu, os pais de Cloé Muratori saíram do salão de júri. A sessão foi presidida pelo juiz André Marcelo Strogenski.
Segundo a acusação, logo após o crime, o acusado confessou ter matado a menina e assinou um termo interrogatório, mas, três anos depois, em uma audiência, ele negou. No julgamento desta quinta, o ex-caseiro afirmou que não cometeu o crime e disse ao juiz que assinou o termo do primeiro depoimento porque é analfabeto.
Luzinê trabalhava no imóvel onde a criança estava hospedada com a família no ponto turístico da região de Porto Seguro no ano de 2008.
A criança era brasileira e, até o mês anterior ao crime, morava com os pais na Nova Zelândia. A mãe é paulista e o pai neozolandês. Na viagem a Trancoso, a família comemorava a mudança recente e definitiva para São Paulo. Hoje, sem Cloé Muratori Paroli, os pais decidiram morar na Austrália com outros dois filhos.
Caso
Cloé Muratori Paroli, de 3 anos, passava as férias com a família em um condomínio do município de Trancoso, ponto turístico da região de Porto Seguro, quando foi alvo da ação criminosa no dia 4 de dezembro. O suspeito do crime é Luzinê Araújo Santos, 30 anos, que atuava como caseiro do imóvel onde a a criança estava hospedada. Ele está preso no Conjunto Penal de Eunápolis.
A vítima era brasileira e, até o mês anterior ao crime, morava com os pais na Nova Zelândia. Ela era filha da paulista Luciana de Vasconcelos Macedo Muratori, 37 anos, e do neozolandês Karl Joseph Paroli, 35. Na viagem a Trancoso, a família comemorava a mudança recente e definitiva para o estado de São Paulo. Hoje, sem Cloé Muratori Paroli, os pais decidiram morar na Austrália com outros dois filhos.
Na época, Luzinê de Araújo Santos confessou para polícia ter praticado o crime que matou a menina mas, três anos depois quando foi ouvido pelo juiz, no Fórum em Porto Seguro, ele negou a autoria do crime. "O Luzinê se revelou uma pessoa bastante fria. Você vê que desde o momento do fato, até o comportamento dele posterior, ele agiu de uma forma bastante calculada. Não revelou qualquer emoção", disse Loredano Junior, advogado de acusação.