O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta terça-feira (18) que desconsidera a hipótese de racionamento de água na capital e em cidades abastecidas pelo Sistema Cantareira. Apesar de o nível das represas ter caído 0,1 ponto percentual entre segunda e terça-feira, o tucano afirmou que a situação está estável.
"Hoje está totalmente descartada essa situação [racionamento]. Entendo que essa colaboração da população é crescente", disse em evento da Sabesp em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Alckmin acrescentou que em duas semanas os moradores atendidos pelo Sistema Cantareira economizaram água suficiente para abastecer uma cidade como Osasco.
Também presente no evento, a presidente da Sabesp, Dilma Pena, pediu para que a população continue economizando água. "Estamos passando por um evento crítico aqui em cima de São Paulo", afirmou, referindo-se à área de alta pressão que impediu a formação de chuvas por mais de dois meses.
Nível das represas
Após ficar um dia sem cair, apresentando 18,5% no domingo (16) e na segunda (17), a capacidade dos reservatórios de água do Sistema Cantareira baixou novamente. Nesta terça-feira o índice chegou a 18,4%.
A explicação, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), está na fraca chuva registrada nesta segunda-feira, apenas 1mm na região dos reservatórios. Para que os níveis da Cantareira voltem a subir, é importante que chova no sul de Minas Gerais, em Bragança Paulista e em Vargem Grande, de acordo com o órgão. Formado por quatro represas, o sistema é responsável por abastecer casas de mais de 8 milhões de pessoas na Grande São Paulo.
Em janeiro, as chuvas que normalmente chegam a 300 milímetros, ficaram em 87,7 milímetros. "Além disso, foi o janeiro mais quente da história e como não chove (o que ajudaria a baixar a temperatura), o consumo de água acaba se mantendo em nível elevado o dia todo", informa a companhia.