A SurveyMonkey, que há mais de dez anos tenta substituir as pesquisas de papel e caneta por formulários virtuais, anunciou nesta quarta-feira (11) o início oficial de suas operações no Brasil. A companhia contratou o brasileiro Rodolfo Ohl para comandar as atividades no país –é a primeira vez que a empresa tem um gerente exclusivo para um país específico fora dos Estados Unidos.
“O Brasil é um dos mercados com maior potencial para nós. Fora dos países que falam inglês, Brasil, Alemanha e Japão se destacam entre nossos usuários”, contou Dave Goldberg, CEO da SurveyMonkey, em entrevista ao G1. “Os países que falam inglês são os nossos maiores mercados ainda, porque há pouco tempo só tínhamos o site nessa língua”, explica.
Agora, com o site já em mais de 15 idiomas e aceitando 19 tipos de moeda, a empresa inicia uma expansão internacional, começando pelo Brasil. Segundo Goldberg, por enquanto as operações no país contarão apenas com Ohl, que fica em São Paulo, mas haverá abertura de vagas se houver necessidade.
A SurveyMonkey tem como seu principal negócio disponibilizar formulários virtuais de pesquisas, para que usuários e empresas possam levantar informações. “O que acontece é que as pessoas geralmente respondem essas perguntas e acabam descobrindo o nosso serviço. Assim, forma-se uma rede de usuários”, explica Goldberg. Segundo ele, no Brasil, os formulários são muito mais compartilhados em redes sociais.
O serviço, explica o executivo, é usado por uma variedade de pessoas: instituições de ensino, organizações não governamentais, entidades do governo e usuários finais. “Queremos fazer com que as pessoas participem das pesquisas e descubram o nosso serviço”, conta. Por isso, a companhia fechou acordos com grandes empresas de internet, para que seus formulários possam ser usados em pesquisas com o público brasileiro.
Para Goldberg, a maior concorrência de sua empresa ainda é a pesquisa feita com “papel e caneta”. “Essa é a nossa competição real. Nosso maior desafio é fazer as pessoas largarem isso”, conta. O executivo também fala dos desafios de manter o serviço fácil de usar. “A maioria das pessoas trabalham para manter o produto fácil, rápido e barato.”