Eric Schmidt, ex-executivo-chefe do Google e presidente do conselho da empresa, disse nesta terça-feira (8) que a companhia não dará tratamento preferencial a Motorola Mobility e que o sistema operacional Android continuará sendo oferecido gratuitamente para os parceiros da plataforma.
Em visita a Coreia do Sul, Schmidt disse que a aquisição da Motorola Mobility não afetará as relações do Google com os parceiros que dependem do Android, como a fabricante sul-coreana Samsung. A empresa anunciou a compra da Motorola por US$ 12,5 bilhões em agosto.
Schmidt falou para jornalistas em sua visita a Coreia do Sul nesta terça-feira (8) (Foto: Jo Yong-Hak/Reuters) Nós dissemos para os nossos parceiros que o negócio com a Motorola será concluído e vamos executá-lo de forma independente, para não violar a abertura do Android. Nós não vamos mudar a maneira que operamos, disse Schmidt a jornalistas.
Android x iPhone
Em resposta a uma pergunta sobre as críticas feitas por Steve Jobs contra os celulares Android, Schmidt disse que o esforço do Android começou antes do iPhone.
"Eu decidi não comentar sobre o que foi escrito em um livro após sua morte. Steve era um ser humano fantástico e alguém que eu sinto muita falta. Como comentário geral, acho que a maioria das pessoas concorda que o Google é uma empresa inovadora. Eu também gostaria de salientar que o esforço do Android começou antes do esforço do iPhone, disse Schmidt.
Em sua biografia autorizada lançada em outubro, Jobs disse: Eu vou destruir o Android, porque é um produto roubado. Eu vou entrar no modo guerra termonuclear nesse caso, disse o cofundador da Apple, segundo seu biógrafo, em janeiro de 2010, quando a HTC lançou um smartphone com Android que tinha funções populares do iPhone. Eu vou gastar cada centavo do que a Apple tem em banco para deixar isso certo, afirmou o executivo.