
O grupo terrorista Hamas não entregou o corpo da refém Shiri Bibas, em uma quebra grave do acordo com Israel.
A entrega dos corpos da família Bibas aconteceu na quinta-feira (20). Os terroristas montaram um verdadeiro “palco” em Gaza para entregar os restos mortais de quatro reféns, incluindo Shiri e seus dois filhos, Kfir e Ariel Bibas.
Porém, nesta sexta-feira (21), as Forças de Defesa de Israel (IDF) informou que o corpo enviado pelo Hamas não é de Shiri.
Diversos testes do laboratório forense mostraram que o corpo que o grupo terrorista alegou ser de Shiri não corresponde ao DNA de nenhum refém israelense.
“Esta é uma violação muito séria da organização terrorista Hamas, que é obrigada pelo acordo a devolver quatro reféns mortos. Exigimos que o Hamas devolva Shiri para casa, junto com todos os nossos reféns”, afirmou a IDF.
O exército de Israel prometeu continuar os esforços para devolver Shiri e os demais reféns para casa o mais rápido possível.
“Crueldade dos monstros do Hamas”
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se pronunciou sobre a quebra de acordo do Hamas, chamando a ação de "cinismo indescritível”.
"A crueldade dos monstros do Hamas não conhece limites", disse ele, em vídeo compartilhado nas redes sociais nesta sexta-feira (21).
“Eles não apenas sequestraram o pai, Yarden Bibas [que foi libertado vivo no início deste mês], a jovem mãe, Shiri, e seus dois bebês pequenos. Mas de uma maneira indescritivelmente cínica, eles não devolveram Shiri ao lado de seus filhos pequenos, os anjinhos, e colocaram o corpo de uma mulher de Gaza no caixão”, criticou Netanyahu.
Crianças Bibas foram brutalmente assassinadas
A IDF ainda afirmou que evidências forenses e inteligência revelaram que as duas crianças da família Bibas foram "brutalmente assassinados" por terroristas em Gaza no final de novembro de 2023. Ariel tinha 4 anos de idade e Kfir tinha apenas 10 meses quando foram mortos.
Os especialistas também confirmaram que um dos corpos devolvidos é do refém Oded Lifshitz, de 83 anos.
"Os três foram brutalmente assassinados no cativeiro do Hamas nas primeiras semanas da guerra. Que Deus vingue seu sangue e nós também vingaremos”, prometeu o primeiro-ministro israelense.
"As crianças Bibas, em particular, se tornaram o símbolo de quem somos e contra quem estamos lutando”, acrescentou.
O presidente de Israel, Isaac Herzog, também condenou a quebra de acordo pelo Hamas.
"Os corpos de Ariel e Kfir, tão puros e inocentes, foram identificados, enquanto sua amada mãe, Shiri, permanece em cativeiro. Esta é uma violação chocante e horrível do acordo de cessar-fogo, outro ato cruel dos terroristas do Hamas, que continuam a mostrar total desrespeito pela humanidade", declarou.
Cobrança para ONU condenar o Hamas
Após a revelação da IDF sobre o corpo não identificado, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, condenou o Hamas por dar a Israel corpo de um estranho em vez dos restos mortais de Shiri "como se fosse um carregamento sem valor".
"Este é um novo ponto baixo, um mal e crueldade sem paralelo. Não há palavras que possam descrever tal atrocidade”, afirmou Danon.
Ele exigiu que o Conselho de Segurança da ONU condenasse o crime hediondo e pedisse o retorno imediato de Shiri Bibas.
Os seis reféns vivos restantes estão programados para serem entregues pelo Hamas a Israel neste sábado (22), na primeira fase do acordo de cessar-fogo que está chegando ao fim.
Acredita-se que eles sejam os últimos reféns israelenses vivos, além de Shiri Bibas, cujo status Israel ainda não conseguiu confirmar.
Ataque terrorista
Enquanto o povo israelense enfrenta o luto e a dor de seus reféns devolvidos mortos, três ônibus vazios explodiram na cidade de Bat Yam, na noite de quinta-feira (20).
A polícia de Israel informou que não houve vítimas e que o episódio se tratou de um ataque terrorista. A autoria das explosões ainda não foi identificada.
Havia outros dois ônibus com explosivos, que acabaram não explodindo. A mídia local relatou que um dos veículos carregava uma mensagem falando de "vingança" por um recente ataque israelense a um campo de refugiados na Cisjordânia.