NASA prepara o satélite Landsat-7 para
lançamento em 1999 (Foto: Divulgação/NASA) Uma comissão do congresso norte-americano que avalia as relações entre os Estados Unidos e a China deve revelar em novembro que dois satélites foram invadidos por hackers, segundo o Bloomberg Businessweek. A comissão acredita que o ataque pode ter sido realizado por chineses, mas afirma que não há provas para envolvimento do governo ou do exército chinês.
Os satélites comprometidos foram o Landsat-7, que sofreu interferência em outubro de 2007 e julho de 2008, e o Terra AM-1, cuja operação foi comprometida por dois minutos em junho de 2008 e mais nove minutos em outubro do mesmo ano. Os invasores teriam conseguido acesso a sistemas de controle e poderiam ter danificado os satélites, mas isso não ocorreu.
Os equipamentos são controlados a partir de uma estação localizada na ilha de Spitsbergen, na Noruega. A estação rotineiramente utiliza a internet para transferir arquivos e informações, segundo o relatório. A comissão norte-americana afirma que, embora o ataque o ataque não represente um perigo imediato para os EUA, o ocorrido mostra que outros satélites, usados para espionagem ou monitoramento, também podem ser atacados de forma semelhante.
O Landsat-7 é operado USGS, o centro de pesquisas geológicas dos Estados Unidos e monitora ocorrências de terremotos e outros eventos. O Terra AM-1 é resultado de uma cooperação internacional, mas é operado pela NASA para coletar informações climáticas e de poluição.
Envolvimento chinês
O relatório da comissão norte-americana afirma que há evidências de que os responsáveis pelo ataque tem fluência em língua chinesa e têm ou já tiveram contato próximo com o país asiático. Não existe, porém, prova de envolvimento do governo.
Os congressistas americanos, no entanto, afirmam que há provas para o envolvimento do governo chinês em ataque ocorrido há cerca de dez anos em um site da internet pertencente ao grupo Falun Gong, que é proibido na China. Uma reportagem de uma TV chinesa veiculada em julho teria uma admissão de que uma divisão do exército chinês desenvolveu um software para a realização do ataque. A reportagem logo foi retirada do ar.
A China é frequentemente acusada de realizar ataques cibernéticos, mas nega seu envolvimento, dizendo ainda que a atividade é ilegal no país.