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Startups brasileiras começam a receber investimento-anjo

Startups brasileiras começam a receber investimento-anjo

Atualizado: Sexta-feira, 25 Novembro de 2011 as 11:55

Mesmo que ainda não esteja em uma fase madura, o mercado de startups no Brasil já começa a ver nascer uma cultura de investidores-anjo – grupos que investem recursos em empresas em um estágio ainda inicial. “O mercado ainda é muito imaturo. Apesar disso, vários fundos de capital de risco estão sendo criados”, diz Yuri Gitahy, que fundou a Aceleradora, uma rede de conselheiros e investidores em startups de tecnologia.

Yuri Gitahy, fundador da Aceleradora

(Foto: Divulgação) Segundo Gitahy, em 2010 os investidores estrangeiros passaram a despertar o interesse pela classe nascente de investidores-anjo no Brasil. “Os investidores-anjo são o primeiro elo na cadeia do capital de risco”, conta.

Gitahy começou como investidor-anjo em 2007, de forma independente. A Aceleradora veio em 2008 e 2009, quando ele diz ter visto a necessidade de aumentar a escala do modelo de investimento em empresas em estágios iniciais.

Cassio Spina viu uma necessidade parecida. “Eu fazia palestras e percebia que poucas pessoas sabiam o que é o investimento-anjo. Além disso, comecei a receber contatos de pessoas que queriam formar grupos de investimento em suas cidades, mas precisavam de apoio e orientação.”

Spina fundou a Anjos do Brasil, em julho de 2011. “Conclui que seria necessário disseminar a cultura e fomentar o crescimento do investimento-anjo para apoiar o empreendedorismo”, afirma.

Segundo ele, esse tipo de iniciativa pode representar um diferencial para o Brasil a médio e longo prazo. Spina conta que também quer criar núcleos regionais de investidores para dar visibilidade a empresas locais.

Já existem, em algumas regiões do país, outros grupos de investimento-anjo em startup: em Florianópolis, o Floripa Angels ; no Rio de Janeiro, o Gávea Angels ; e em São Paulo, o São Paulo Anjos .

O investimento

A busca pelas startups que receberá os investimentos ocorre das mais diversas maneiras, dizem os investidores procurados pelo G1 . “Encontro empresas por meio de viagens constantes pelo Brasil, em chamadas da Aceleradora [nesse caso, as empresas de inscrevem para ter seu projeto financiado], por meio de indicações dos fundos de capital de risco e por contatos feitos diretamente pelos empreendedores”, conta Gitahy.

Spina conta que os membros Anjos do Brasil já começaram a investir, mesmo a entidade tendo poucos meses de vida. “Um exemplo de investimento foi a ZoeMob , que é uma empresa que criou uma plataforma usada em dispositivos móveis que tem aplicações como segurança para famílias e gestão de equipes”, conta o investidor.

Página da Zoe Mob, startup que recebeu investimentos do Anjos do Brasil (Foto: Reprodução) “Pessoalmente, eu procuro projetos de tecnologia em estágio inicial, que combinem um bom perfil de empreendedor, um diferencial claro no modelo de negócio ou na proposta do produto e que sejam competitivas em todo o mundo”, diz Gitahy.        

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