5 dicas para enfrentar a transição capilar

O site Boa Forma escutou o conselho de quatro cacheadas que já passaram pelo processo de transição capilar. Confira:

fonte: Guiame, com informações de Boa Forma

Atualizado: Segunda-feira, 11 Dezembro de 2017 as 8:51

(Foto: Leonard Mc Lane/Thinkstock/Getty Images)
(Foto: Leonard Mc Lane/Thinkstock/Getty Images)

Muitas meninas que começaram a alisar os fios muito novas — e já nem se lembravam como era sua versão natural — estão retornando aos cachos e encarando a jornada da transição capilar. O processo não é fácil, mas você pode seguir algumas dicas de quem já passou por ele.

O site Boa Forma escutou alguns conselhos da cantora Iza, da influenciadora digital Carla Lemos, da diretora de produção Camila Justino e da cabeleireira Wélida Souza, que cuida dos fios das cantoras Negra Li e Karol Conká.

1. Resista à tentação

Quando a raiz natural e encaracolada começa a surgir, o desespero bate. É justamente nesse momento em que é preciso ser forte para não agendar o alisamento imediatamente. Cortar curtinho é a opção mais radical, seguida por muitas meninas que já querem se livrar de toda a química praticamente de uma vez só.

Se esse não for o seu caso, usar lenços e turbantes pode ser um bom caminho. “Eu dava meus truques, cada dia usava um acessório e inventava penteados com as texturas”, diz a carioca Carla Lemos, do blog Modices, que há dois anos exibe cachos volumosos e cheios de brilho. “Cheguei a um ponto que não tinha mais jeito. Meu cabelo estava tão detonado da química [escova japonesa, progressiva e tintura] que eu só tinha a opção de largar tudo para poder recuperar a saúde do fio.”

2. Invista nas tranças

O que os olhos não vêem, o coração não sente, certo? Por isso, as tranças são ótimas aliadas para enfrentar o momento mix de texturas típico do período da transição. “Elas foram excelentes para mim nesse processo. São práticas, bonitas, deixam o visual uniforme e disfarçam as diferenças entre raiz e comprimento”, diz a cantora carioca Iza, que parou de alisar há seis anos. Para cuidar, ela lava o cabelo duas vezes por semana com produtos livres de sódio e de sulfato, e capricha na hidratação. “Adoro minhas tranças, mas em breve quero exibir meu cabelão, que já está no ombro”, comemora.

3. Siga um cronograma capilar

Junto com a transição, o termo cronograma capilar também entrou no vocabulário das cacheadas. O programa, que organiza os processos de hidratação, nutrição e reconstrução, é fundamental para recuperar os fios dos danos causados pelo excesso de química. Apesar de importante, o procedimento precisa ser bem indicado para cada tipo de fio. “O cabelo tem um tempo para se acostumar à nova rotina de cuidados E, muitas vezes, a grande quantidade de cremes e óleos pode deixar um aspecto pesado”, avisa a cabeleireira Wélida Souza, de São Paulo. Para Carla, porém, o cronograma foi essencial. “Eu não sabia mais como era meu cabelo. Então seguir os passos foi um jeito de observar como ele reagia aos diferentes produtos.”

4. Aposte nos produtos certos

A técnica no-poo é adorada pelas crespas e cacheadas, mas nem todo mundo se adapta. Trata-se de eliminar o xampu da rotina e substituí-lo por um condicionador com ação limpante. Nas primeiras vezes, a falta de espuma na lavagem e, em alguns casos, um aspecto levemente oleoso na raiz podem causar certo estranhamento. O jeito é testar o método e observar como seu cabelo reage. “No começo foi bem difícil, mas hoje, um ano e meio depois, noto meu cabelo  com um volume natural que eu adoro”, diz Camila.

De maneira geral, vale apostar em fórmulas ricas em óleos de coco, de semente de uva e de oliva, e cremes à base de manteiga de karité, que funcionam para fios crespos, normalmente mais secos, finos e frágeis. Para os cacheados, os óleos naturais também são indicados, além dos leave-ins em spray e cremes com textura mais fluida.

5. Dê boas-vindas à sua nova versão

“O cabelo liso, sem dúvida, era muito mais prático. Com os cachos de volta, tem dia que acordo parecendo o Bob Marley”, conta, aos risos, Camila, que precisou aprender uma nova rotina para se entender com o visual. “Hoje consigo dar um jeito rapidinho, molho o cabelo todo e passo um leave-in.” Ainda assim, Camila considera que está no meio do processo de autoaceitação. “Me sinto mais estilosa, sem dúvida, mas confesso que ainda faço uma escova de vez em quando”, diz. Esse, aliás, é um ponto importante da jornada: não é porque você assumiu os cachos que precisa mantê-los intactos para sempre. “A graça é você ser o que quiser”, diz Wélida. A cantora Iza engrossa o coro. “O importante é se conhecer e se amar do jeito que você é e não do jeito que a sociedade impõe.”

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