Cálculo renal pode ser tratado com procedimento a laser

Procedimento foi utilizado pelo técnico da Seleção Brasileira Masculina de Handebol, antes dos Jogos Pan-Americanos de Toronto

fonte: Guiame, com informações de Assessoria Ketchum Agência de Comunicação

Atualizado: Quarta-feira, 12 Agosto de 2015 as 8:40

Cálculo renal
Cálculo renal

Conhecido popularmente como “pedra no rim”, o cálculo renal, que provoca uma das piores dores sofridas pelo ser humano, é a principal causa urológica de ida ao Pronto-Socorro. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia, estima-se que o problema afeta 15% dos homens e 8% das mulheres. A maioria das pessoas consegue expelir as pedras naturalmente, porém, um em cada 10 pacientes precisa de intervenção cirúrgica para desobstrução do canal da urina.

A alta incidência de cálculo renal estimulou os avanços nos procedimentos médicos. Entre eles, está a ureterolitotripsia. “Quando o cálculo é pequeno, é possível utilizar alguns medicamentos que ajudam a expulsá-lo do corpo. No entanto, algumas ‘pedras’ acima de 4mm podem não ser eliminadas. Quando isso ocorre ou quando o paciente tem dor que resiste ao tratamento farmacológico, infeção urinária grave ou insuficiência renal aguda, há indicação para a ureterolitotripsia”, explica o urologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, José Melo Junior.

A técnica é indicada para retirada das “pedras” que estão nos rins ou daquelas que se deslocaram para as vias urinárias. “Trata-se de um procedimento minimamente invasivo realizado através de aparelhos endoscópicos que visualizam o cálculo e o fragmentam com laser. Após a desobstrução, é colocado um cateter, chamado ‘duplo J’, que serve para drenar a urina do rim a bexiga, evitando a obstrução por coágulos e fragmentos de cálculos.”, explica.

Ainda segundo o especialista, o procedimento apresenta taxa de sucesso acima de 90%. “Dependendo do caso, pode ser realizado com raquianestesia ou anestesia geral, no centro cirúrgico, com internação de um a dois dias. O diferencial do procedimento é que oferece menos riscos, menos dor e uma recuperação mais rápida ao paciente”, destaca.

A segurança desse método e a rápida recuperação estimulou o técnico da Seleção Brasileira Masculina de Handebol, Jordi Ribera, que sofria de cálculo renal, a realizar o procedimento antes do início dos jogos Pan-Americanos de Toronto. “O médico me explicou o caso e as opções de tratamento. Como estávamos em fase de preparação para o campeonato, a ureterolitotripsia foi a conduta escolhida por permitir que eu retomasse às minhas atividades rapidamente”, conta Ribera

Atenção aos sintomas!

O cálculo renal é formado devido a uma disfunção metabólica que faz com que algumas substâncias, como o cálcio, não sejam eliminadas naturalmente, acumulando-se no órgão e formando pedras que podem se alojar no rim ou ir para o canal da urina.

“Os sintomas do cálculo renal são dores na região abdominal e lombar, ardência ao urinar, febre, calafrios e até mesmo enjoo e vômito. O diagnóstico, geralmente, é realizado por meio de exames durante uma crise. O tratamento depende de vários fatores, como a localização do cálculo, densidade, tamanho e sintomas do paciente. Por isso, ao perceber os sinais, é importante procurar um médico para obter um diagnóstico correto e orientações sobre a melhor forma de tratamento”, recomenda o urologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, José Melo Junior.

veja também