Oito melhores destinos para se conhecer em 2016

Depois de muitas pesquisas ao redor do mundo, a blogueira Lala Rebelo apresenta os melhores lugares para conhecer em 2016.

fonte: Guiame

Atualizado: Terça-feira, 8 Dezembro de 2015 as 9:11

Toda viagem exige planejamento — e agora é o momento certo para quem quer se aventurar em 2016. Considerando o atual momento político e econômico de diferentes países, a blogueira Lala Rebelo preparou uma lista com 8 destinos que, segundo suas experiências, estarão em alta no próximo ano.

São destinos que já começam, sutilmente, a serem citados nas redes sociais e na mídia especializada, e que vêm atraindo a curiosidade e o interesse dos viajantes.

Confira:

1. BELIZE – América Central 

Belize é um pequeno país na América Central que faz fronteira com o México ao norte, e com a Guatemala ao sul e ao oeste, bordeado ao leste pelas águas azuis do Mar do Caribe. Devido à colonização britânica, é o único país da América Central que tem como idioma oficial o inglês (apesar do espanhol e do crioulo ser amplamente falado).

Seu território é pequeno, mas oferece os mais diversos tipos de experiências: praias com areia branca e água azul (Ambergris Caye e Caye Caulker), ruínas maias, florestas tropicais e a maior e mais intacta barreira de corais do Hemisfério Norte, pela qual o país é bem conhecido, atraindo mergulhadores do mundo todo. O grande destaque vai para o Blue Hole, que tem formato circular perfeito de 300m de diâmetro e profundidade máxima de 124m. Um paraíso para quem gosta da vida submarina.

Belize entra nessa lista não só por suas belezas naturais ou pelo preço cobrado para conhecê-las (que não é superfaturado e está abaixo da média do Caribe), mas também porque agora está mais fácil do que nunca chegar ao destino. A Copa Airlines acaba de lançar vôos de várias cidades brasileiras para Belize, com apenas uma conexão na Cidade do Panamá. Antes, só era possível chegar ao país via Estados Unidos, ou fazendo 2 ou mais paradas em outros países da América do Sul e Central.

Melhor época para ir: apesar de fazer calor o ano todo, a melhor época para visitar o país é de fevereiro a maio, que é a estação mais seca do ano.

Como chegar: via Cidade do Panamá (Copa Airlines), via cidades dos EUA voando com várias cias aéreas americanas ou via Bogotá + El Salvador voando Avianca.

2. ZANZIBAR – Tanzânia – África 

Casais apaixonados (principalmente os que estão buscando destinos para a lua de mel) sempre sonham com ilhas paradisíacas rodeadas de mar azul turquesa. Enquanto Maldivas e Polinésia Francesa ainda são top of mind, vem à tona outras opções para brigar pelo título de queridinhas, muitas delas coladas na África: Seychelles, Ilhas Maurício e Zanzibar. O destaque, para Lala, fica com essa última, devido à sua rusticidade, quase anonimato (para a maioria dos brasileiros) e ótimo custo-benefício.

A ilha, infelizmente, é muito pobre, com infra-estrutura precária, mas muitos bons hotéis oferecem conforto para os turistas. “Hakuna Matata” é uma frase do idioma local, o Swahili. Significa “não se preocupe!”. 

O arquipélago se encontra no sudeste do continente africano e pertence a Tanzânia (porém tem status semi-autônomo). A ilha, que fica no Oceano Índico, é conhecida como “The Spice Island”, devido a grande produção de especiarias. Já foi um importante ponto de comércio entre África, Ásia e Oriente Médio, por isso absorveu um pouco de cada coisa. A maioria da população é muçulmana.

A capital de Zanzibar, Stone Town (Cidade de Pedra), é Patrimônio da Humanidade pela UNESCO.

Melhor época para ir: não há tempo ruim para ir, mas entre junho e setembro o clima está mais seco. Evite os meses de março a maio, com mais chuvas.

Como chegar: saindo do Brasil, o melhor jeito é ir primeiro para África do Sul (há vôos diretos para Joanesburgo de South African Airways). Já em terras africanas, existem 2 vôos diretos por semana entre Zanzibar (ZNZ) e Joanesburgo (JNB). Voe MANGO (duração: 3h45). Quem estiver na Tanzânia, é possível ir de ferry boat partindo de Dar es Salaam ou de avião (30 minutos de vôo). Cias aéreas: Precision Air, Bek Air, Auric Air, Thomson Airways e Air Excel.

3. RÚSSIA – Europa

Aconteceu com a moeda da Rússia (Rublo) a mesma coisa que aconteceu com o nosso Real: uma desvalorização absurda. Nunca esteve tão barato ir para lá como agora. Se você tem vontade de conhecer o maior país do mundo, 2016 é a hora. E como o destino sediará a Copa do Mundo de 2018, melhor correr para aproveitar o momento econômico, antes que os preços sejam todos ajustados.

Para os que vão ao país pela primeira vez, Lala recomenda fazer o roteiro básico das “Duas Capitais”, começando por São Petersburgo e indo depois de trem para Moscou. São metrópoles imponentes, palácios magníficos, igrejas coloridas e uma história que inspirou o mundo.

Melhor época para ir: de junho a setembro para evitar aquele frio intenso pelo qual o país é tão conhecido. A segunda quinzena de junho é muito procurada por causa do fenômeno “Noites Brancas”, no qual o sol praticamente não se põe e não há noite.

Como chegar: o melhor jeito é pegar um vôo que faz 1 conexão em alguma cidade européia, e depois vai diretamente para São Petersburgo ou Moscou.

4. MYANMAR – Ásia

Chegou a hora do Myanmar, mais conhecido como Birmânia, se abrir para o mundo e ser a estrela da vez do Sudeste Asiático. Seus “concorrentes” na região são páreo duro: Tailândia, Laos, Camboja, Vietnã… O país, onde a maioria da população é de religião budista, acabou de votar na primeira eleição livre em 25 anos (novembro/15), e viveu um longuíssimo período de regime militar. Quem venceu foi o partido pró-democracia de Aung San Suu Kyi (Nobel da Paz) e agora se inicia um período de transição de governo, que como o próprio atual presidente afirma, será pacífico.

O turismo em Myanmar era boicotado por muitos, pois diziam que todo o lucro servia para alimentar a ditadura. Agora, o país está verdadeiramente começando a abrir suas portas, pronto para mostrar aos turistas suas belezas, que são muitas - como as belas paisagens do Lago Inle, a vida real de uma população que sofreu muito e que mesmo assim é super receptiva com os turistas em Yangon e Mandalay, e ainda há centenas de praias e ilhas paradisíacas.

A praia mais conhecida chama-se Ngapali. Mas é tudo tão inexplorado que muitas ilhas/praias nem nome tem ainda. Anote o nome desse lugar: Arquipélago Mergui – são mais de 800 ilhas com areia branquinha e água azul turquesa e verde esmeralda no Mar de Andaman.

O país faz fronteira terrestre com Índia, Bangladesh, China, Laos e Tailândia.

Melhor época para ir: de novembro a maio, que é a “estação seca” (o país sofre com as monções, que são tempestades com ventos fortes que ocorrem de junho a outubro). Os meses de abril e maio são MUITO quentes.

Como chegar: Mandalay e Yangon recebem muitos vôos diretos de Bangkok. Portanto para ir ao Myanmar, melhor ir para Tailândia primeiro (ou apenas fazer conexão).

5. CUBA – Caribe

Após o anúncio da retomada de relações entre Estados Unidos e Cuba, rompidas a mais de meio século, o país vem sendo notícia, e está cada vez mais receptivo às mudanças e aos investimentos internacionais. Portanto, se você tem vontade de ir a Cuba para ter uma “experiência nostálgica”, melhor ir logo, pois tudo está se modernizando bem rápido. 

A blogueira recomenda o roteiro Havana + uma praia, que pode ser Varadero ou algum dos Cayos (Cayo Largo, Cayo Coco, Cayo Santa Maria…). Havana é o destino ideal para quem gosta de fazer viagens mais culturais, carregadas de história. Estar no centro de Havana é, de fato, se sentir voltando no tempo, em um verdadeiro museu a céu aberto. São casas, carros, hotéis e restaurantes tão antigos que, facilmente, você vai achar que está nos anos 50.

Varadero é pura PRAIA e é um dos lugares mais turísticos do país. Fica na Península de Hicacos, que é formada por nada menos do que 20km de praias com areia branquinha e água quentinha azul turquesa (e claro, muitos resorts). O motivo da popularidade não é só a beleza do local: das praias lindas de Cuba, Varadero é a mais próxima de Havana (fácil para chegar de carro – cerca de 2h), e a com melhor estrutura de hotéis do país.

Melhor época para ir: evite ir de setembro a novembro, que é a “temporada de furacões”. Apesar de que a chance de você pegar um bem no dia em que estiver lá costuma ser bem pequena, e o turismo ocorre normalmente nessas datas.

Como chegar: voando Copa Airlines com conexão na Cidade do Panamá, ou Avianca com conexão em Bogotá.

6. FERNANDO DE NORONHA – Brasil – América do Sul 

Esse não é novidade para nós brasileiros. Mas não poderia ficar de fora da lista. 

Fernando de Noronha é um dos destinos mais lindos do Brasil e do mundo. Mas o porquê do destino estar aqui nessa lista não é apenas a sua beleza, mas sim a alta do dólar. Com o câmbio a quase 4 reais, muitos casais em lua de mel e outros viajantes que buscam destinos paradisíacos, estão preferindo viajar pelo Brasil. É claro que as companhias aéreas e hotéis já perceberam isso e estão ajustando suas tabelas de preços. Portanto, corram! Mas, de qualquer maneira, a viagem sairá muito mais barata, já que se trata de um destino bem caro (antes e depois da crise). O bom é poder gastar em reais e usar cartão de crédito, sem precisar se preocupar com o câmbio e com IOF.

Fernando de Noronha também entra na lista de tendências de destinos para 2016 no âmbito mundial, já que a desvalorização do real atrai (e muito) turistas estrangeiros.

Um arquipélago paradisíaco (formado por 21 ilhas), cheio de vida marinha preservada e praias maravilhosas. Parece uma mistura de Tailândia, por causa das montanhas, com Caribe, pela cor da água. A ilha é preservada e praticamente intocada. As opções de hospedagem são charmosas, românticas e há muitas pousadas boutique, com piscinas e vistas de arrepiar.

Melhor época para ir: faz calor o ano todo, mas se você pretende mergulhar (considerado um dos melhores lugares do mundo para este esporte), programe-se para ir em setembro ou outubro, quando o mar está mais calmo.

Como chegar: voe até Recife ou Natal, e de lá pegue um vôo direto para Fernando de Noronha.

7. MONTENEGRO – Europa

O vizinho não-famoso da Croácia entra com tudo na disputa para ser o destino mais cobiçado do próximo verão Europeu. Um país pequenininho, com menos de 700 mil habitantes, na região dos Bálcãs. Era um dos integrantes da antiga Iugoslávia, e como país tem apenas 9 anos (se tornou independente da Sérvia em 2006).

A geografia é composta por montanhas altíssimas que, junto com o Mar Adriático, formam paisagens de tirar o fôlego. E as cidadezinhas medievais dão aquele toque especial.

A Baía de Kotor, tombada como patrimônio pela UNESCO, não pode ficar de fora do seu roteiro. Imagine um rio que foi tomado pela mar, formando algo parecido com um fiorde. A baía, junto com a própria cidade de Kotor, fortificada, é um dos lugares mais visitados de Montenegro (e com razão). Um vilarejo ao redor da baía que também vale uma passadinha é Perast, que apesar de ser muito pequenininho (aproximadamente 400 habitantes), tem 16 igrejas e 17 palácios. As duas ilhotinhas em frente a Perast também chamam a atenção de quem passa: Ilha de São Jorge e Ilha das Rochas.

Conheça também: Budva, a principal cidade de praia do país, mais agitada, com um jeito parecido com a croata Dubrovnik (a ilha Sveti Stefan, onde fica um dos melhores hotéis de Montenegro – Aman – também é lindíssima).

Lala Rebelo aposta que Montenegro estará em alta em 2016 por oferecer experiências e visuais muito parecidos com os da tão falada Croácia (ou seja, fantásticos!), só que por muito menos dinheiro. Os preços são mais justos e as cidades muito mais vazias.

Um fato curioso: apesar do país não fazer parte da União Européia, a moeda oficial é o Euro.

Melhor época para ir: de maio a setembro (meses mais quentes no Hemisfério Norte).

Como chegar: vôos do Brasil para a capital de Montenegro, Podgorica (TGD), com apenas uma conexão na Europa (Alitalia e Turkish Airlines). O aeroporto de Tivat (TIV) fica mais próximo das cidades citadas aqui, mas recebe poucos vôos. Um jeito fácil de chegar é de carro, vindo da Croácia (fica a menos de 50km).

8. ALGARVE – Portugal – Europa

Algarve é a região que está no extremo sul de Portugal, banhada pelo Mar Mediterrâneo ao sul e pelo Oceano Atlântico a oeste. Apesar de ser famosíssima entre os europeus, o destino não é muito popular entre os brasileiros, mas tem tudo para ser. Além do clima ameno quase o ano todo, o visual é algo realmente impactante: falésias alaranjadas e praias douradas, contrastando com o mar verde e azul escuro. E ainda, à parte do litoral praiano, há vilarejos históricos, castelos e muito mais. Quem aprecia uma culinária de frutos do mar, vai se deliciar por lá (boa parte dos melhores restaurantes de Portugal estão em Algarve).

O ideal é escolher uma cidade para ser sua base. A mais recomendada é Lagos, que é super charmosa. Outras cidades para conhecer: Portimão, Albufeira, Sagres, Faro e Tavira.

É nos arredores de Lagos e Portimão (uma fica muito próxima da outra) que ficam as praias mais icônicas da região (essas que aparecem nas fotos de quando sai alguma matéria sobre Algarve): Praia do Camilo, Praia dos Três Irmãos, Praia Dona Ana e Praia da Marinha. Mas há dezenas de outras praias belíssimas.

Um passeio de barco ou de caiaque pelas cavernas e falésias não pode ficar de fora do roteiro. 

Algarve esteve por mais de 500 anos sob o domínio de povos muçulmanos, e ainda é possível encontrar várias lembranças desse período.

Melhor época para ir: de maio a setembro (meses mais quentes no Hemisfério Norte). Em geral, chove muito pouco em Algarve. Evite ir em julho e agosto, quando está tudo bem lotado.

Como chegar: vôos para Faro (FAO) com uma conexão na Europa (TAP/Lisboa e Iberia/Madrid são as melhores opções). Ou você pode chegar de carro, vindo de Lisboa ou da Andaluzia, na Espanha.

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