Imagine você com 21 anos, medindo 1,95 metro e com uns 88 quilos bem distribuídos e lapidados num corpo saudável e sarado. Continue imaginando. Você cursa sua faculdade na Universidade Auburn, no Alabama, Estados Unidos. Mas não é só, você é o mais rápido nadador da turma, do país e, pasmem, mesmo sendo brasileiro, você é o mais rápido do mundo!
Pare de imaginar, este é César Augusto Cielo Filho, vencedor da prova mais rápida da modalidade, os 50 metros livres, que ele nadou em 21s30, confirmando um novo recorde olímpico. Logo após a prova, abordado por um repórter, disse: "Foi a melhor prova da minha vida. Se eu tivesse de voltar no tempo e mudar alguma coisa, não mudaria nada para viver essa sensação".
Cielo venceu, atingiu seu objetivo. Mas qual foi o caminho que ele percorreu para subir no lugar mais alto do pódio? Foi o caminho da devoção.
Esta palavra que usamos muito em nossas igrejas, "devoção", é emprestada do ambiente esportivo, mais especificamente das tradicionais modalidades olímpicas, como as categorias do atletismo, ginástica, natação. Exige-se do atleta uma "vida devocional", outro jargão que usamos muito, principalmente no sentido de incentivarmos a busca de santificação por parte do rebanho.
Para o atleta, "vida devocional" significa uma vida disciplinada com uma rotina rigorosa de exercícios, alimentação, treinamento, horários. Ou seja, aquele quase meio minuto do César Cielo na piscina rumo ao ouro foi o resultado de anos de vida devocional.
Que tipo de vida devocional? Dos técnicos ele ouviu um difícil conselho para um adolescente: Evite as mulheres! No contrato que assinou com seus financiadores, concordou com cláusulas que o impediam de sair à noite e de beber, além de determinarem um mínimo de cinco horas diárias de treino e mais uma hora de musculação. Percebeu a disciplina? É sobre esta rotina, sua "vida devocional" antes do ouro em Pequim, que Cesar Cielo disse: "Se eu tivesse de voltar no tempo e mudar alguma coisa, não mudaria nada para viver essa sensação. Não há nada melhor do que colocar o número 1 na frente do seu nome!".
Trocando em miúdos, os sacrifícios valem o resultado. Mas para alcançar o resultado tem que estar focado, resistir tentações, sofrer privações, tem que ter disciplina.
A mesma orientação dos técnicos do Cesar Cielo foi dada a nós há dois mil anos atrás, também por um técnico, mestre nas disciplinas espirituais, o apóstolo Paulo, quando disse a Timóteo: "Foge das paixões da mocidade" ( 2 Tm. 2.22).
Simples assim. Quer vencer? Suporte o conselho de Paulo. Aplique-se a uma vida devocional e coloque o número 1 na frente do seu nome, coloque o nome de Jesus como seu Senhor, seu Alvo, seu Salvador, seu Provedor. Dê o primeiro lugar de sua vida à Ele. Chegará o dia das conquistas, do amor sonhado, do ministério solidificado, será o dia quando você vai olhar para trás e dizer: "Valeu a pena tudo que sofri, suportei e obedeci. Valeu dizer não à pressão da sociedade. Valeu ter sido rotulado de bobo. Faria tudo de novo para receber o que recebi do Meu Mestre e Senhor, meu eterno número 1, o Senhor Jesus!".
Jesus seguiu o caminho da vida devocional, ainda que o mesmo o levasse a cruz, humilhou-se até a morte, suportou, ressuscitou, venceu. Siga o caminho da vida devocional, Jesus promete muitas bênçãos já nesta vida e, por fim, a vida eterna! (Mateus 19.29).
Paz!
Edmilson Ferreira Mendes é teólogo. Atua profissionalmente há mais de 20 anos na área de Propaganda e Marketing. Voluntariamente, exerce o pastorado há mais de dez anos. Além de conferencista e preletor em vários eventos, também é escritor, tendo escrito quatro livros: '"Adolescência Virtual", "Por que esta geração não acorda?", "Caminhos" e "Aliança".
