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Como diamantes...

Como diamantes...

Atualizado: Terça-feira, 18 Março de 2014 as 8:18

Paulo goulart e Nicete BrunoOs diamantes são tão antigos quanto a existência do mundo. São pedras preciosas que resistem à chuva, ao fogo, ao calor intenso. Do grego “adamas”, o seu nome significa invencível. Reza a lenda que, durante a Idade Média, essas pedras tinham o poder de reatar casamentos desfeitos. Eram também usadas em batalhas como símbolo de coragem. 
 
Os diamantes hoje são o coroamento de quem celebra 60 anos de casados, chamados “Bodas de Diamante”. Assim foi a vida, a trajetória de amor do casal Paulo Goulart e Nicette Bruno. Um amor que resistiu às tristes consequências que a fama, o luxo, o dinheiro e o glamour produzem no meio artístico. Um pacto que superou as fortes tempestades que o cotidiano traz.
 
A história desse casal bem poderia servir de inspiração e modelo para todos aqueles que um dia pretendem comungar dessa experiência indissolúvel, que é o casamento. Não só para os que pretendem, mas também para os que um dia se casaram, seja em algum templo religioso, seja no Civil. 
 
A felicidade conjugal não foi feita apenas para o casal Goulart nem para alguns poucos, mas para todos. É preciso entender e viver o casamento tal qual a sua responsabilidade e importância apregoam. É a medida exata e perfeita de nossa resistência. Casamento é para ser entendido como algo indissociável: a carne da esposa foi feita a partir da carne do seu marido. Por isso, não podem mais viver separados ou desistirem da aliança que um dia DEUS uniu e testemunhou.
 
A grande virtude de um diamante é a sua força e a capacidade de resistir a fortes pressões. E, por serem assim, são tão valiosos. Todos os casais, licitamente casados aos olhos de DEUS (primeiro casamento de ambos), precisam se inspirar nos diamantes; serem como eles no casamento. Os diamantes não existem por força de sentimentos, mas por força de uma estrutura que lhe fora dada. Portanto, se algum dia suscitar a impressão de que os sentimentos acabaram, há uma aliança, um voto, uma instituição divina que precisam ser respeitados e preservados, simplesmente e unicamente porque essa é a vontade de DEUS.
 
Não tive o prazer de conhecer o casal Paulo e Nicette. Muito menos pude acompanhar a trajetória do seu casamento. Mas, posso afirmar, sem medo de cometer alguma injustiça, que a aliança de casamento de ambos foi forte o suficiente até para superar a dor de alguma traição que, porventura, tenha acontecido consciente ou involuntariamente. Ela não foi suficiente para destruir o amor entre ambos. Nem a morte. Porque como escreveu um antigo sábio “o amor vence a morte”.
 
O mundo carece de exemplos perfeitos, grandes testemunhos de vida. O mundo carece de pessoas determinadas a amar a vida no sentido mais amplo possível. O casamento é uma vida que se vive a dois. Por que haveremos de querer destruí-lo?
 
Olhar o corpo de um companheiro de mais de 60 anos de caminhada no caixão não é sinônimo de dor e de sofrimento; mas uma imagem de esperança, que vale mais que as palavras. É ter orgulho de ter se casado com uma pessoa humana, falha, pecadora, mas forte e responsável o suficiente para conduzir a família até o fim. A dor pode ter sido grande; mas a gratidão certamente foi maior. Nicette agradeceu com a alma, sem precisar sequer dizer uma só palavra. As bodas de diamante já retratam tudo, expressam o que há de mais perfeito em uma comunhão. Não é um corpo no caixão que conseguirá apagar.
 
Assim como os diamantes, a história do casamento de ambos adentrarão milhares de gerações, ensinando-as a receita de como ser feliz juntos, superar as adversidades sem nunca desistir da vida de um ou de outro.
 
Obrigado, Paulo Goulart, obrigado Nicette Bruno, por ter nos deixado um belo exemplo de existência a partir de sua união. Que os seus amigos à volta, famosos ou não, possam refletir mais e mais no significado e na importância do casamento, como algo realizado no coração do Criador de tudo, e que só a morte poderá desfazer. Por isso, nego-me a falar de fim, de algo que poderia ter acabado. Por que, como bem escreveu o apóstolo Paulo, o amor nunca acaba.
 
Que o SENHOR abençoe!
 
 
FERNANDO CÉSAR – Escritor, autor dos livros “Não Mude de religião: mude de vida!”, “Pódio da Graça”; “Antes que a Luz do Sol escureça” e da coleção “Destrua o divórcio antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua o adultério antes que ele destrua seu casamento”, “Destrua a insubmissão antes que ela destrua seu casamento”. Também é pastor e líder do Ministério Restaurando Famílias para Cristo.
www.casamentosrestaurados.com.br
www.familiasparacristo.com.br
 
 

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