MENU

O problema do orgulho

Enquanto Nabucodonosor está admirando seu reino e se gabando do seu poder, ele começa a se comportar como um animal e vive assim por 7 anos.

fonte: Guiame, Mariana Mendes

Atualizado: Quarta-feira, 8 Junho de 2022 as 1:33

(Foto: Piqsels)
(Foto: Piqsels)

Esses dias, eu estava lendo o livro de Daniel. Chegando ao capítulo 4, vemos a história de quando o rei da Babilônia, Nabucodonosor, se transforma em um animal. Deixe-me te explicar melhor. O povo de Israel está cativo na Babilônia e o rei da vez é Nabucodonosor. Ele tem um sonho com uma grande árvore que serve de sombra e habitação para muitos animais, até que vem um santo do céu e condena essa árvore que é podada até sobrar apenas um pedaço do seu tronco, pra gente resumir a história. Perturbado com o sonho, ele busca seus magos, sábios e astrólogos, porém, o único que é capaz de oferecer a interpretação do sonho é Daniel.

Daniel conta ao rei que este segundo é a árvore e que Deus irá tirá-lo de seu trono até que Nabucodonosor reconheça a soberania do Eterno. Daniel também aconselha o rei a se arrepender de seus pecados e abandonar suas práticas para que Deus tenha misericórdia. A gente fica sabendo que o rei não quis mudar em nada, porque 12 meses depois acontece tudo que Daniel falou. Enquanto Nabucodonosor está admirando seu reino e se gabando do seu poder, ele começa a se comportar como um animal e vive assim por 7 anos.

A primeira coisa que eu observo sobre esse texto é que Deus mandou um aviso e ofereceu uma segunda chance ao rei, ele talvez não precisaria ter passado por isso se tivesse se arrependido e mudado sua conduta. Mas, quem sabe, passaram os dias, semanas e meses, nada acontecia e o rei pensou que as coisas continuariam assim mesmo. Só que sem arrependimento o sonho com certeza se tornaria realidade. E se tornou de fato. Nabucodonosor passa a comer capim e viver como um animal pelo período determinado por Deus.

Quando ele volta a se portar como homem, pode falar de novo, então Nabucodonosor reconhece a soberania e o poder de Deus, ele se dá conta de que para o Deus único nada é impossível mesmo! Inclusive, pelo que vemos, o próprio Nabucodonosor que escreve esse capítulo 4 e dá testemunho do que aconteceu com ele, declarando a soberania e poder de Deus.

No último versículo, 37, lemos: “Agora, eu, Nabucodonosor, louvo, glorifico e honro o Rei dos céus. Todos os seus atos são justos e verdadeiros, e ele tem poder para humilhar os orgulhosos”.

O problema de Nabucodonosor era o orgulho, era pensar que ele reinava, que ele tinha poder, que os limites das terras que ele conquistou, tudo havia sido por mérito próprio, o problema dele era olhar para si mesmo como o todo poderoso e pensar que tudo estava sob seu controle e sob seu comando. Ele não precisava ter passado pelo que passou, mas só assim ele aprendeu a reconhecer a soberania do único Rei.

Não sei as formas que Deus irá usar comigo e com você. Mas que a gente tenha os olhos abertos, mentes atentas e vigilantes, que constantemente, eu e você, lembremos de que tudo que temos, tudo que somos, nossos dons, talentos, capacidades, qualquer coisa em que somos bons não vem de nós, vem do Pai Eterno e gracioso, Aquele que deu a vida por seres fracos, pecadores e orgulhosos, Aquele que continua tendo paciência e misericórdia para nos ensinar.

Depois de tudo, Nabucodonosor reconhece, recebe outra chance e volta a reinar, e isso me lembra que as misericórdias do Senhor se renovam todas as manhãs na vida de todos nós. A lição pode ser um aviso ou pode ser bem mais dura, mas há uma certeza: Enquanto há vida, há mais uma chance para nos voltarmos à Ele e declararmos sua glória, poder e soberania, a escolha de fazer isso ou não, no entanto, repousa em nossas mãos.

Por Mariana Mendes, escritora e estudante de Letras. Trabalha com mídias sociais e fundou o canal EntreLinhas. Filha do Pai e filha de pastor. É apaixonada por ver a rotina com novos olhares.

* O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: O amor é um pedaço de infinito

veja também