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A importância do discernimento dos pais na formação moral e espiritual dos filhos

Sabedoria e discernimento caminham de mãos dadas em matéria de constituição familiar.

fonte: Guiame, Marisa Lobo

Atualizado: Segunda-feira, 1 Agosto de 2022 as 2:53

(Foto: Priscilla Du Preez/Unsplash)
(Foto: Priscilla Du Preez/Unsplash)

Discernimento, uma palavra tão comum e utilizada em diversos estudos de natureza religiosa, mas que parece estar sendo negligenciada até mesmo pelos pais cristãos da atualidade, apesar do grande volume de informações a respeito.

Qual é o preço da falta de discernimento dos pais sobre a formação dos filhos? Posso garantir que são vários, e eles vão desde o comportamento ao emocional/psicológico e espiritual.

Isso ocorre, porque, toda criança precisa receber dos pais a orientação quanto ao que é bom e ruim, certo ou errado na vida. Nisso está a responsabilidade do "discernir", que é nada mais do que ter a capacidade de julgar os fatos e ideias, filtrando o que deve ou não ser trazido para o ambiente familiar.

Mas, apesar de aparentemente simples, o ato de discernir envolve outras coisas de grande importância. No livro de Provérbios 24:3, por exemplo, está escrito que "com sabedoria se constrói a casa, e com discernimento se consolida."

Isto é, sabedoria e discernimento caminham de mãos dadas em matéria de constituição familiar, sendo que a primeira é fruto de uma condição especial, descrita com maestria na passagem de Salmos 111:10, onde está escrito:

"O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que cumprem os seus mandamentos; o seu louvor permanece para sempre."

Note que, mais uma vez, vemos a união da sabedoria ao "entendimento", o qual podemos associar ao discernimento, pois para entender é preciso julgar. Ninguém entende algo, especificamente, se antes não tiver a capacidade de juízo.

E o entendimento dos pais?

Pais que não temem a Deus, certamente não possuem a sabedoria necessária para discernir o que é melhor ou não para os filhos. Mas, que tipo de temor seria esse? A passagem contida no livro de Eclesiastes 12:13 nos dá um indicativo:

"De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem."

Em outras palavras, o temor a Deus se traduz em obediência, e quem obedece, guarda os mandamentos do Senhor. Devemos entender isso como algo que vai muito além das leis mosaicas, pois se trata do que elas devem nos ensinar em termos de princípios e valores.

Pais que expõe os filhos à conteúdos como música, desenho, filmes e outros que possuem clara conotação sexual, por exemplo, estão os entregando à erotização sexual precoce. Se isto contraria os mandamentos (valores) de Deus, consequentemente esses pais estão em desobediência, logo, não estão agindo com sabedoria e temor.

O mesmo podemos dizer dos que levam crianças a ambientes onde há o consumo explícito e desenfreado de drogas como bebidas, cigarros e outras. Onde está a sabedoria nisso?

Mas, muitas vezes a falta de discernimento também está em coisas mais simples, como na escolha de uma programação na TV ou mesmo um brinquedo.

Atualmente, o ativismo LGBT+ tem investido pesado no mundo infantil, buscando inserir nesse universo imaginário das crianças os seus próprios valores. Isso ocorre, principalmente, por meio dos símbolos e modelos, a fim de que estes influenciem sutilmente a formação moral dos menores.

Os pais que não estiverem atentos a isso, sem dúvida estarão negligenciando a responsabilidade de discernir o que deve ou não ser oferecido aos filhos, algo que pode afetá-los pelo resto de suas vidas.

Conclusão

Para nós, cristãos, o bom discernimento é algo vital, pois reflete o nosso temor a Deus, consequentemente a nossa obediência. É impossível, portanto, ter uma família sadia à luz da Bíblia, sem ter um relacionamento genuíno com o Senhor.

Sejamos pais conscientes, dedicados e capazes de proteger os nossos filhos das más influências. A tarefa pode não ser fácil, mas sem dúvida é extremamente necessária.

Marisa Lobo é psicóloga, especialista em Direitos Humanos, presidente do movimento Pró-Mulher e autora dos livros "Por que as pessoas Mentem?", "A Ideologia de Gênero na Educação" e "Famílias em Perigo".

* O conteúdo do texto acima é de colaboração voluntária, seu teor é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

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