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Quem justifica seus erros pelas falhas da Igreja, não conhece a Deus

Se isso não reflete o caráter de Cristo, isso não tem nada a ver com Ele em si, mas com o fã clube mal direcionado, então por que abandoná-lo?

fonte: Guiame, Melina Botteghin

Atualizado: Sexta-feira, 26 Fevereiro de 2021 as 4:01

(Foto: Jurgis Rudaks/Shutterstock)
(Foto: Jurgis Rudaks/Shutterstock)

Quem justifica as suas falhas a partir das falhas da Igreja, nunca conheceu a Deus de verdade.

Não existe Igreja perfeita porque não existem pessoas perfeitas. O que existe são pessoas sendo aperfeiçoadas em um caminho único e particular. A salvação é individual, assim como a transformação pessoal. 

“O pecado aumentará e o amor de muitos esfriará.” (‭‭Mateus‬ ‭24:12‬ ‭NVT‬‬)

Esses dias tenho sido confrontada com pessoas que estavam conosco no caminho, mas por algum motivo decidiram ir por outros caminhos. Não julgo as escolhas de ninguém. Todos receberam de Deus o direito de escolha e colherão de acordo com o que escolherem. 

Sendo elas boas ou más.

Concordo que certas condutas na Igreja em geral, sendo que em algumas mais do que em outras, estão erradas e precisam vir à luz e receberem correção. Ponto. 

A geração da liderança soberba e dos que se intitulam os “santos dos últimos dias”, julgando o próximo e usufruindo dos recursos do templo não coopera em nada para o evangelho, porque não reflete o caráter de Cristo.

Afinal Ele não é assim. 

Pense comigo, se isso não reflete o caráter de Cristo, isso não tem nada a ver com Ele em si, mas com o fã clube mal direcionado. Então por que abandoná-lo?

Justificar o abandono de Cristo ou da fé em cima da imperfeição humana ou da conduta da Igreja me revela uma grande verdade.

A pessoa nunca esteve na Igreja por causa de Cristo, porque se estivesse, saberia que Ele é perfeito mesmo quando todos não são. Que Ele é verdadeiro em um mundo de gente hipócrita. 

“Acima de tudo, amem uns aos outros sinceramente, pois o amor cobre muitos pecados.” (‭‭1 Pedro‬ ‭4:8‬ ‭NVT‬‬)

Sou a favor de encontrar ministérios que combinem mais com a conduta dos céus, mas Igrejas perfeitas? Acho bem difícil. Pastores angelicais? Mais ainda. As capas de santidades estão encobrindo os altares. Acredite eu sei. 

Já vi e ouvi muita coisa. Mas...

Estamos na geração do “conheça a Deus enfiando as mãos em Seu bolso”, como se o Senhor fosse um grande Papai Noel em que você se justifica digno de um presente caso for um “bom menino” e se Ele não der, não vale a pena continuar indo aos domingos. Eles lotam o templo com a mesma facilidade que esvaziam.

A geração do ser servido e não servir. Do dar para receber mais e não porque ama muito.

Estamos no meio desse caos e entendo que guardar a fé não é uma tarefa fácil. 

Vamos olhar para Pedro. 

Alta madrugada e a tempestade alcançou o barco. Jesus apareceu andando sobre as águas. E lá estava Pedro, olhando para Jesus e anulando as leis da física, as condições ambientais. Enquanto ele via Jesus, a densidade não existia, a tempestade não o assustava e tudo o que ele fazia era caminhar em direção ao mestre. Mas quando os olhos se voltaram para o ambiente, Pedro afundou. (Mt 14:28-3)

Porque só fica quem fixa em Jesus.

Aonde os seus olhos e o seu coração estão?

Por Melina Botteghin, estudante de teologia, esposa, mãe, missionária por vocação e publicitária de formação.

* O conteúdo do texto acima é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião do Portal Guiame.

Leia o artigo anterior: A religiosidade é a arma mais eficiente de Satanás

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