Continuação do artigo anterior: O Reino Milenar – Parte I
Dos detalhes do Reino Milenar:
O Reino será caracterizado por obediência, justiça e paz.
Israel será regenerado, experimentando uma conversão nacional através dos remanescentes, que preparará o grande encontro entre os Judeus e Jesus, conforme Romanos 11:26,27; Isaías 1:27; Isaías 4:3,4; Jeremias 23:6; Jeremias 24:7; Jeremias 31:33,34; Ezequiel 11:19; Ezequiel 36:25,26; Joel 2:32; Miquéias 7:18,19; Sofonias 3:12,13; Zacarias 13:1; Zacarias 13:9.
Israel será justificado, conforme Isaías 1:25; Isaías 2:2 a 4; Isaías 44:22 a 24; Isaías 45:17 a 25; Isaías 48:17; Isaías 55:7; Isaías 57:18,19; Isaías 63:16; Jeremias 31:11; Jeremias 33:8; Jeremias 50:20,34; Ezequiel 36:25,26; Oséias 14:4; Joel 3:21; Miquéias 7:18,19; Zacarias 13:9; Malaquias 3:2,3.
A nação Israelita se unirá mais uma vez a Jeová por meio de casamento, conforme Isaías 54:1 a 17; Isaías 62:2 a 5; Oséias 2:14 a 23.
Os judeus serão reintegrados em sua terra, Israel, cumprindo a promessa feita a Abraão desde os tempos antigos. Nenhuma nação terá mais domínio sobre Israel e Jerusalém! Conforme Isaías 27:12; Isaías 43:5 a 7; Jeremias 12:15; Jeremias 24:6; Ezequiel 20:42; Ezequiel 28:25,26; Joel 3:1; Amós 9:14;15; Sofonias 3:20; Zacarias 10:10.
Transformação Geopolítica e Geográfica
Haverá uma grande transformação geopolítica e geográfica no mundo, marcada pela reorganização das nações. Nesse novo cenário, Israel ocupará um papel central, com Jerusalém estabelecida como a capital global. O trono davídico em Jerusalém será reconhecido como o centro de comando e autoridade, sendo a liderança espiritual e política desse novo tempo, a nação será exaltada acima dos gentios, conforme Isaías 14:1,2; Isaías 49:22,23; Isaías 60:14 a 17; Isaías 61:6,7.
Jerusalém será o centro do reino milenar, posso até dizer, o centro de toda a terra! Conforme Isaías 2:2 a 4; Jeremias 3:17; Jeremias 30:16,17; Jeremias 31:6,23; Miquéias 4:1,7; Zacarias 2:10,11; Zacarias 8:2,3; Ezequiel 43:5 a 12; Joel 3:17.
A cidade será gloriosa, glorificando Jeová, conforme Isaías 52:1 a 12; Isaías 60:14 a 21; Isaías 61:3; Isaías 62:1 a 12; Isaías 66:10 a 14; Jeremias 30:18; Jeremias 33:16; Joel 3:17; Zacarias 2:1 a 13.
A antiga área da cidade será ampliada, conforme Jeremias 31:38 a 40; Ezequiel 48:30 a 35; Zacarias 14:10. Também será acessível a todos, conforme Isaías 35:8,9.
O Milênio é um reino terrestre de natureza espiritual!
O cumprimento da Nova Aliança, fará Israel experimentar um novo coração e mente, a Lei de Deus estará no coração do seu povo, conforme Jeremias 31:33.
O Espírito de Deus será derramado sobre todos os crentes, conforme Jeremias 31:33,34.
Sistemas Perversos
Sistemas perversos e demoníacos tais como social, religioso, político e econômico serão aniquilados, podemos ver como Israel será administrado conforme Ezequiel 45:8,9.
O antissemitismo deixará de existir, e as nações se tornarão como irmãs de Israel, vivendo em harmonia e respeito mútuo. Israel e Judá serão reunificados, sem mais divisões entre seus povos. A era dos conflitos entre nações chegará ao fim, dando lugar a um governo mundial unificado sob a autoridade do Senhor Jesus. As promessas proféticas estão descritas em Isaías 52:8, Oséias 1:11 e Ezequiel 37:13 a 28, onde a restauração e a paz se manifestam plenamente.
Todos os povos da terra conhecerão o Senhor, será um conhecimento universal e os gentios se submeterão de forma ampla a autoridade de Cristo, conforme Salmos 22:27 a 31 e Malaquias 1:11.
Todas as nações saberão que Jesus, habita em Israel, conforme Salmos 47:8,9. Os sacerdotes ensinarão entre o Santo e o Profano, conforme Ezequiel 44:23 e aparecerão com ornamentos santos, conforme Salmos 110:3.
A aliança abraâmica alcança os gentios e promete bênçãos universais, o cumprimento ocorre na era milenar, as nações terão relacionamento com o rei e participarão do reino, conforme Isaías 2:4; Isaías 11:12; Isaías 16:1 a 5; Isaías 18:1 a 7; Isaías 19:16 a 25; Isaías 23:18; Isaías 42:1; Isaías 45:14; Isaías 49:6,22; Isaías 59:16 a 21; Isaías 60:1 a 14; Isaías 61:8 a 11; Isaías 62:2; Isaías 66:18,19; Jeremias 3:17; Jeremias 16:19 a 21; Jeremias 49:6; Jeremias 49:39; Ezequiel 38:23; Amós 9:12; Miquéias 7:16,17; Sofonias 2:11; Sofonias 3:9; Zacarias 8:20 a 22; Zacarias 9:10; Zacarias 10:11,12; Zacarias 14:16 a 19.
Os gentios serão servos de Israel, agora chegou a hora de Deus “dar o troco” nas nações que tentaram destruir a nação Israelita, que perseguiram, invadiram a Palestina e mataram os judeus, conforme Isaías 14:1,2; Isaías 49:22,23; Isaías 60:14; Isaías 61:5; Zacarias 8:22,23.
Haverá uma grande conversão de gentios, antes da admissão no reino milenar e eles se submeterão ao Messias, conforme Isaías 16:5; Isaías 18:7; Isaías 19:19 a 21; Isaías 19:25; Isaías 23:18; Isaías 42:1; Isaías 49:6; Isaías 55:5,6; Isaías 56:6 a 8; Isaías 60:3 a 5; Isaías 61:8 a 9; Jeremias 3:17; Jeremias 16:19 a 21; Amós 9:12; Obadias 17 a 21, Zacarias 8:22,23.
Para os gentios será feito o convite, conforme Mateus 25:34 a 46.
A Verdade Prevalecerá
Os cavalos terão campainhas que estarão gravados “Santo ao Senhor”, assim como todas as panelas na casa do Senhor, serão como bacias diante do altar, conforme Zacarias 14:20,21.
A verdade prevalecerá — não por meio de homens, mas por meio de Jesus, o Justo e Fiel, conforme revelado em Zacarias 8:8, Isaías 65:16, Isaías 42:3, Jeremias 33:6 e Salmos 85:10–11. Diferentemente dos dias atuais, em que a mentira é exaltada e a verdade distorcida, como denunciado em Romanos 1:25, no Reino do Messias a verdade será restaurada e exaltada como fundamento da justiça e da paz.
Ele julgará as nações com equidade, conforme Salmos 96:10, os príncipes e reis se levantarão para adorar a Jesus, conforme Isaías 49:7.
Os pecadores serão eliminados antes da instituição do reino, conforme Isaías 1:19 a 31; Isaías 65:11 a 16; Isaías 66:15 a 18; Jeremias 25:27 a 33; Jeremias 30:23;24; Ezequiel 11:21; Ezequiel 20:33 a 34; Miquéias 5:9 a 15; Zacarias 13:8,9; Malaquias 3:2 a 6; Malaquias 3:18; Malaquias 4:3.
Apenas entrará no reino milenar os salvos, haverá o julgamento das nações, conforme Mateus 25:35 a 46; Mateus 13:24 a 30; Mateus 13:49,50; Daniel 7:18,22,27.
O reinado terá justiça e equidade inflexível, conforme Isaías 11:3 a 5; Isaías 25:2 a 5; Isaías 29:17 a 21; Isaías 30:29 a 32; Isaías 49:25,26; Daniel 2:44; Miquéias 5:4 a 15.
Será tratado sumariamente qualquer manifestação do pecado, havendo pena de morte para pecados graves e rebelião contra autoridades, conforme Salmos 2:9; Salmos 72:1 a 4; Isaías 11:4, Isaías 29:20,21; Isaías 65:20; Isaías 66:24; Zacarias 14:16 a 21 e Jeremias 31:29,30.
Os crentes terão plenitude da obra do Espírito Santo (Ruach Hakodesh), como nunca houve na história humana e em nenhuma dispensação, conforme Ezequiel 36:27,28; Ezequiel 37:14 e Jeremias 31:33.
A Palestina será posse eterna de Israel, e será ampliada em comparação com a área anterior, conforme Isaías 26:15; Isaías 33:17; Obadias 17 a 21; Miquéias 7:14.
Terra Prometida a Abraão
Pela primeira vez Israel tomará posse da terra prometida a Abraão, conforme Gênesis 15:18 a 21.
A topografia da Palestina será alterada conforme Ezequiel 47:1 a 12; Joel 3:18; Zacarias 4:6,7; Zacarias 14:4,8,10.
Ao invés do terreno montanhoso que há hoje, existirá uma grande e fértil planície, conforme Zacarias 14:4, ela será bela, conforme Salmos 48:2. O rio fluirá da cidade de Jerusalém para os dois mares e regará toda a terra, conforme Ezequiel 47:1 a 12.
Haverá fertilidade e produtividade renovada na terra, conforme Isaías 29:17; Isaías 32:15; Isaías 35:1 a 7; Isaías 51:3; Isaías 55:13; Isaías 62:8,9; Jeremias 31:27,28; Ezequiel 34:27; Ezequiel 36:29 a 35; Joel 3:18; Amós 9:13.
Para adoração no reino milenar, será construído um Templo, conforme Ezequiel 40:1 a Ezequiel 46:24.
Diferente do segundo templo, neste período a Shekinah encherá o templo conforme Ezequiel 43:1 a 6, não haverá sumo sacerdote na adoração e haverá um rio de águas curativas que fluirá do templo.
A visão de Ezequiel chega ao clímax ao falar sobre o rio que fluirá do santuário, conforme Ezequiel 47:1 a 12; Isaías 33:20,21; Joel 3:18; Zacarias 14:8.
O templo não será construído na atual região sagrada, mas sobre uma montanha alta na cidade de Jerusalém, no monte Sião. A mudança topográfica, proporcionará este cenário, de forma que o templo será um grande destaque para todas as nações e de onde fluirá o rio que curará as nações! Conforme Isaías 2:2 a 4; Miquéias 4:1 a 4; Ezequiel 37:26.
Dentro do pátio externo, mas fora do pátio interno, no centro desta área haverá um altar em que os sacrifícios serão oferecidos, conforme Ezequiel 40:47; Ezequiel 43:12 a 18.
Os sacrifícios serão estabelecidos, conforme Ezequiel 43:18 a Ezequiel 46:24; Isaías 56:6 a 8; Isaías 66:21; Jeremias 33:15 a 18; Ezequiel 20:40 a 41.
Durante esse período, serão realizadas ofertas conforme as instruções de Ezequiel 43:19 a 27, e o ritual de adoração está detalhado em Ezequiel 45:13 até 46:18.
A ordem levítica sacerdotal é restituída, através dos filhos de Zadoque, conforme Ezequiel 43:19.
Habitação da Glória Divina
O propósito do Templo será para demonstrar a santidade de Deus, habitação da glória divina, memorial comemorativo do sacrifício, centro do governo divino e vitória sobre a maldição, conforme Ezequiel 43:1 a 7.
Durante o período milenar, haverá uma ordem levítica conforme descrito em Ezequiel 40:46; Ezequiel 43:19; Ezequiel 44:15 a 31. No entanto, essa linhagem será distinta daquela estabelecida sob a Lei Mosaica, pois os levitas daquela época haviam caído em apostasia. Nesse novo tempo, o sacerdócio será exercido exclusivamente pelos filhos de Zadoque, que permaneceram fiéis ao Senhor.
No passado Davi instruiu Zadoque a ungir o filho de Bate-Seba, conforme 1 Reis 1:26 a 45, no milênio ele ocupará um lugar de proeminência.
Uma grande mudança acontece durante o reino, o príncipe (rei-sacerdote), ocupará o portão oriental por onde entrará Shekiná. A ele serão entregues as ofertas do povo, e por meio dele ocorrerá a administração para fazer o ritual de sacrifício. Ele que proverá tudo para o ritual, inclusive o holocausto diário memorial, conforme Ezequiel 45:17.
É importante destacar que os sacrifícios mencionados têm caráter memorial, e não expiatório. Seu propósito é relembrar a morte de Cristo e o sacrifício realizado na cruz, não sendo meios para alcançar salvação.
A Igreja e os crentes (judeus e gentios) com corpos ressurretos não farão sacrifícios, já que a redenção está em Cristo, conforme Hebreus 9:26, Hebreus 7:27; Hebreus 9:12.
Tanto Israel quanto os gentios participarão de sacrifícios e ofertas, estando ambos sob a Nova Aliança. Em Hebreus 8:8 a 13 e Hebreus 10:16, mostra que a Nova Aliança é superior à anterior. Jeremias 31:27 a 34 revela que a Aliança Mosaica era limitada e incapaz de transformar plenamente o coração humano, razão pela qual Deus institui a Nova Aliança.
Durante o reino milenar, a salvação para os que nascerem neste período exigirá: Um novo coração (Jeremias 31:33), Perdão dos pecados (Jeremias 31:34) e Plenitude do Espírito (Joel 2:28,29); será através da fé (Hebreus 11:6), da mesma forma que Abraão foi justificado, conforme Romanos 4:3.
Em Hebreus esclarece que a Nova Aliança se baseia no sangue do Senhor Jesus, conforme Hebreus 8:6; Hebreus 10:12 a 18; Mateus 26:28.
Silas Anastácio é fundador do Ministério Davar, evangelista e expositor bíblico com sólida atuação há mais de uma década em temas relacionados ao Estado de Israel e à comunidade judaica. Também desempenha papel estratégico nos bastidores da mídia evangélica, contribuindo para a articulação e divulgação de conteúdos que fortalecem os valores da fé cristã.
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