
Não me lembro de nenhuma passagem bíblica que incentive um jejum com o objetivo de torcer o braço de Deus, e fazer com que ele nos conceda algo.
Lembre-se, no entanto, de várias admoestações para jejuar, dedicando nossas vidas para Deus, buscar santificação e para demonstrar quebrantamento.
O jejum não é uma técnica litúrgica para obter algo de Deus, mas para dar.
O que passar disso, me cheira mais a um desdém pela Graça e um esforço inútil para se tornar merecedor de presentes, que ele está disposto a nós conceder gratuitamente.
Há, porém, algumas atitudes facilitadoras, pois algumas de suas promessas são condicionais. Muitas destas promessas sugerem um jejum mais prático do que contemplativo: jejum de fofoca, de ódio, de indiferença, de desprezo, de ofender, etc.
"Mas eu sinto que" ... Desculpe eu ser tão objetivo, não me interessa o que você sente, mas sim o que a Bíblia diz.
Creio que a passagem a seguir seja muito esclarecedora.
‘Por que jejuamos’, dizem, ‘e não o viste? Por que nos humilhamos, e não reparaste?’ “Contudo, no dia do seu jejum vocês fazem o que é do agrado de vocês e exploram os seus empregados. Seu jejum termina em discussão e rixa e em brigas de socos brutais. Vocês não podem jejuar como fazem hoje e esperar que a sua voz seja ouvida no alto. Será esse o jejum que escolhi, que apenas um dia o homem se humilhe, incline a cabeça como o junco e se deite sobre pano de saco e cinzas? É isso que vocês chamam jejum, um dia aceitável ao Senhor? “O jejum que desejo não é este: soltar as correntes da injustiça, desatar as cordas do jugo, pôr em liberdade os oprimidos e romper todo jugo? Não é partilhar sua comida com o faminto, abrigar o pobre desamparado, vestir o nu que você encontrou, e não recusar ajuda ao próximo? Aí sim, a sua luz irromperá como a alvorada, e prontamente surgirá a sua cura; a sua retidão irá adiante de você, e a glória do Senhor estará na sua retaguarda. (Isaías 58:3-8 NVI)