Missionária diz que iranianos celebram ataque israelense: ‘Esperança de liberdade’

Lana Silk, líder da missão Transform Iran, relatou que o povo iraniano tem esperança que o conflito derrube o regime islâmico repressivo.

fonte: Guiame, com informações de CBN News e Transform Iran

Atualizado: Segunda-feira, 16 Junho de 2025 as 3:57

 Ataques israelenses no Irã. (Foto: Reprodução/CBN News/Reprodução/Instagram/Hananya Naftali).
Ataques israelenses no Irã. (Foto: Reprodução/CBN News/Reprodução/Instagram/Hananya Naftali).

Uma missionária revelou que o povo iraniano reagiu de forma surpreendente ao ataque israelense.

Na última sexta-feira (13), Israel iniciou um grande ataque ao Irã, visando instalações nucleares. A ação, chamada de Operação Leão Ascendente, matou comandantes do exército iraniano e líderes do programa nuclear.

Em resposta, o Irã lançou mísseis contra Israel, iniciando uma escalada no conflito e agravando as tensões no Oriente Médio.

Apesar do medo da guerra, muitos iranianos sentiram alívio e não indignação ao presenciar seu país ser atacado pelas Forças de Defesa de Israel (IDF).

Em entrevista à CBN News, Lana Silk, CEO da Transform Iran (uma missão que leva o Evangelho ao Irã), relatou que houve um "alívio silencioso" entre a população.

“Falei com muitos amigos e colegas dentro do país. As pessoas estão acordando para o que chamam de 'boas novas'. Estão surgindo vídeos de moradores levantando taças em comemoração simbólica, mesmo com prédios queimando atrás deles”, disse ela.

A missionária explicou que os iranianos estão cansados do regime islâmico e têm esperança que o governo autoritário caia com o conflito.

“O povo do Irã há muito se sente preso sob um regime repressivo. Muitos acreditam que essa pode ser a única maneira de uma mudança real acontecer. Eles tentaram se levantar antes, mas esses esforços foram esmagados. Agora, eles estão perguntando se isso poderia finalmente ser o começo da liberdade”, comentou Lana.

Um iraniano até mandou uma mensagem a Israel através da missionária, dizendo: “Você começou agora. Continue assim e termine o trabalho".

Segundo a missionária, o governo iraniano está pedindo aos cidadãos que se preparem para a guerra, causando um cenário de caos no país. Os moradores estão correndo para estocar suprimentos e encher os tanques dos carros com gasolina.

"O regime está fazendo tudo o que pode para projetar força. Eles enviaram drones para Israel quase imediatamente – um ato simbólico que eles sabiam que não causaria muitos danos. Mas o objetivo era minimizar a perda de reputação, não necessariamente retaliar”, relatou.

Igreja clandestina

Lana ainda observou que a Igreja clandestina no Irã está se preparando para pregar a esperança em Jesus durante o conflito.

“A Igreja tem orado por uma mudança há muito tempo. Agora eles estão se preparando para ser uma luz e uma fonte de esperança no que pode ser um momento muito sombrio e inquieto”, afirmou.

Os cristãos iranianos sentem que que Deus pode estar abrindo uma porta para uma transformação mais profunda no país.

"Há medo, sim, mas também essa sensação de que talvez algo realmente esteja mudando", afirmou a missionária.

Mesmo em meio a perseguição e a restrição da liberdade religiosa, a Igreja iraniana se tornou forte e é a que mais cresce no mundo.

“Quando sua fé é ilegal, você não a leva de ânimo leve. Você luta por isso. Você tira tudo o que não importa, e o que resta é uma igreja ousada, resiliente e completamente dependente de Deus”, declarou Lana.

“Louvado seja Deus por Sua misericórdia. Em meio à opressão, os crentes estão defendendo o que é certo, compartilhando sua fé e vendo os outros se voltarem para Jesus”, testemunho.

Povo deseja liberdade

No Irã, uma pesquisa interna anônima descobriu que 80% dos iranianos preferem um governo democrático, e muitos estão deixando o islamismo.

Todd Nettleton, do The Voice of the Martyrs (VOM), explicou: "Você tem um país com uma das maiores taxas de dependência de drogas do mundo. Você tem um país onde a corrupção corre solta. Você tem um país onde mais da metade das pessoas vive abaixo da linha da pobreza".

"E o povo do Irã está olhando para isso e dizendo: 'Espere um minuto. Se é isso que o islamismo nos trouxe nos últimos 45 anos, não estamos interessados. Queremos saber quais são as outras opções'", acrescentou.

A legislação iraniana proíbe cidadãos muçulmanos de renunciar à sua fé e a conversão ao cristianismo é considerada crime. Igrejas evangélicas são proibidas de funcionar, vistas como “grupos políticos sionistas de oposição”.

Mesmo assim, cansados do regime autoritário do governo mulçumano, muitos cidadãos estão abandonando o Islã e sendo atraídos para a fé cristã.

"Até o governo admite que o cristianismo está crescendo e o Islã está encolhendo", relatou Nahid, que lidera a Sociedade Bíblica Iraniana.

Crescimento da fé cristã

Cerca de 2.000 iranianos estão aceitando Jesus por dia, segundo a Bible Society. A organização, com sede na Inglaterra, está contrabandeando Bíblias na língua farsi para o país, com o propósito de abastecer os novos convertidos.

A Igreja secreta no país está em pleno crescimento, apesar da intensa vigilância e repressão do governo islâmico. Os cristãos locais estão desafiando as leis que proíbem o evangelismo e compartilhando Jesus com seus vizinhos.

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