Muito se fala dos homens que foram importantes para a Reforma Protestante. Mas, e as mulheres? Você pode até não conhecer, mas Catarina von Bora teve um importante papel nesse episódio da história. Ela nunca escreveu nenhum livro nem pregou nenhum sermão, mas sua inestimável ajuda possibilitou que marido Martinho Lutero fizesse isso.
Abandonada pelos pais em um convento aos cinco anos de idade, ela aprendeu latim numa época em que muitas mulheres não conseguiam ler nem mesmo na própria língua. Mulher nada convencional para sua época, Catarina foi a personagem mais indispensável da Reforma alemã depois do próprio marido.
“De muitas maneiras, a voz de Catarina ecoa entre as mulheres contemporâneas, esposas e mães que construíram suas próprias carreiras. E, diferentemente de tantas mulheres reformadoras sobre quem lemos, sua vocação primária não era relacionada ao ministério. Ela era uma fazendeira e fabricante de cerveja com uma pensão do tamanho de uma pousada de férias. Tudo isso com uma família grande e a responsabilidade da criação dos filhos. De muitas maneiras, Catarina poderia entrar no século XXI — e reivindicar como seu lema faça acontecer”, diz a obra.
Com relatos da vida de Catarina Von Bora, A primeira-dama da Reforma escrito por Ruth Tucker e publicado pela Thomas Nelson Brasil, mostra que, passados 500 anos, a história da mulher que transformou a vida de Lutero ainda é surpreendente e relevante – e sua personalidade única permanece moderna mesmo nos dias de hoje.
Sobre a autora
Ruth A. Tucker é autora de 18 livros e diversos artigos. Também foi professora de história da Igreja e estudos de missões na Trinity Evangelical Divinity School e no Seminário Teológico Calvin.