
Após dedicar mais de 37 anos de sua vida à missão na Amazônia, o missionário Orlando diz que não se arrepende de ter atendido ao chamado de Deus para evangelizar indígenas e ribeirinhos.
O pastor, que nasceu no Rio Grande do Sul, relatou os desafios e os testemunhos que ele e a esposa, Salete, já viveram no campo missionário do Amazonas, em um vídeo recente da Igreja Assembleia de Deus de Lajeado.
“Valeu a pena. Eu não tenho arrependimento nenhum de ter dedicado a minha vida às ovelhas de Deus. Enquanto tiver vida, eu estarei lá”, garantiu.
“Se Deus me fez instrumento, eu não quero ser um instrumento desafinado, eu quero ser um instrumento bem afinado que toque muito para Deus”.
Salvação e milagres
Orlando iniciou o trabalho missionário na Amazônia em uma aldeia indígena, onde muitos se converteram a Cristo.
“Criamos um hábito deles orarem 6 horas da manhã, meio-dia, 18 horas da tarde e meia-noite toda a aldeia se levanta para orar. Deus derramou o Espírito Santo lá e quase todos os índios falam em línguas”, disse.
O missionário contou que um dos grandes milagres que já presenciou no campo missionário foi a cura de um homem rico, que estava com HIV e câncer.
Orlando disse que certa vez, Deus revelou a ele que havia um homem da região que estava muito doente, sem conseguir comer e só chorava, e que havia aceitado a Jesus há alguns dias.
“O Senhor me disse: ‘Amanhã às três horas da tarde você vai no Hotel Maratana. Ele está morimbundo, você vai lá que eu Eu vou levantar aquele homem”, relatou o missionário.
O pastor obedeceu a voz de Deus e visitou o homem, conhecido como Brandão. Depois de orar, ele foi curado milagrosamente.
“Foi embora o HIV e o câncer. Hoje ele é uma bênção de Deus, prega e a igreja fica em lágrimas”, testemunhou.
Onde estão os ceifeiros?
O missionário, que continua servindo na Amazônia e mora em uma casa à beira de um rio, afirmou que se preocupa com a falta de obreiros dispostos a irem ao campo missionário.
“Em todo tempo são grandes os desafios. Quando falo em missão, meu coração queima, porque as almas estão à beira do abismo, há falta de homens e de mulheres encorajados para pregar a Palavra de Deus”, disse ele, em lágrimas.
Já a missionária Salete lembrou que os líderes das igrejas também são responsáveis em investir no Ide.
“Eu me preocupo e de noite eu oro a Deus: ‘Desperta o teu povo’. Essa obra não é de homem, é de Deus. Um dia Deus irá cobrar de cada um de nós, tanto os que estão na frente quanto os pequenos”, ressaltou ela.
E Orlando completou: “Haverá um acerto de contas e os líderes serão cobrados pelo Senhor!”.