Ataque a bomba mata mãe e filha cristãs em Bangladesh

As vítimas foram atingidas pela explosão de um artefato caseiro e não resistiram aos ferimentos.

fonte: Guiame, com informações da Portas Abertas

Atualizado: Quarta-feira, 24 Junho de 2020 as 3:09

A cristã Shilpi e a filha Supria foram atacadas enquanto dormiam em uma aldeia em Bangladesh. (Foto representativa: Portas Abertas)
A cristã Shilpi e a filha Supria foram atacadas enquanto dormiam em uma aldeia em Bangladesh. (Foto representativa: Portas Abertas)

A cristã Shilpi e a filha Supria, de 5 anos, foram atingidas pela explosão de uma bomba artesanal enquanto dormiam, na noite do 31 de maio, em Bangladesh.

A mãe conseguiu escapar do local com 75% do corpo com queimaduras, já a criança foi resgatada pelos vizinhos com 46% de queimaduras.

As duas foram levadas para os hospitais da região, mas não sobreviveram aos ferimentos. Shilpi faleceu em 4 de junho e Supria no dia 16.

O artefato foi lançado dentro da casa da família cristã, enquanto o pai, Ridoy Halder estava em serviço em uma fábrica de roupas local.

“Agora, Ridoy está se sentindo completamente sem esperança, frustrado e deprimido. Ele está de luto, recusando-se a falar com qualquer pessoa”, diz Stephen Liton Halder, parceiro da Portas Abertas e tio do cristão.

Apesar da família cristã atingida não ter recebido nenhuma ameaça por causa da fé, Halder acredita que a ação é consequência de perseguição.

“Eles eram os únicos cristãos nessa área. Moravam lá porque ficava próximo ao local de trabalho de Ridoy. No local há muitos extremistas religiosos e madrassas (escolas religiosas islâmicas)”, explica o familiar das vítimas. 

A polícia recebeu a denúncia e encontrou os materiais explosivos no local do ataque. Mas porque o ataque aconteceu muito tarde, não houve testemunhas do fato e ninguém foi preso.

O cristão, agora viúvo, voltou para a aldeia onde morava e teme pela segurança dele se retornar para o local onde a esposa e filhas foram mortas.

“Ridoy não sabe ao certo quando pode voltar ao trabalho. Ele tem medo da polícia assediá-lo, chamando-o de volta à delegacia para mais interrogatórios. Por favor, ore por ele, porque está sofrendo”, conclui Halder.

 

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