Dois dos 17 missionários sequestrados por uma gangue no Haiti foram libertados, segundo a Christian Aid Ministries. O anúncio foi feito neste domingo (21) numa atualização da organização missionária.
A identidade dos dois missionários libertados não puderam ser divulgada. “Apenas informações limitadas podem ser fornecidas, mas podemos relatar que os dois reféns que foram libertados estão seguros, de bom humor e sendo cuidados”, afirmou a Aid Ministries.
“Não podemos fornecer ou confirmar os nomes dos libertados, os motivos da sua libertação, de onde são ou a sua localização atual. Pedimos que aqueles que têm informações mais específicas sobre a liberação e os indivíduos envolvidos protejam essas informações”.
O grupo missionário, com sede nos Estados Unidos, pediu orações pelos 15 missionários que ainda estão em cativeiro no Haiti. “Enquanto nos regozijamos com esta libertação, nossos corações estão com as quinze pessoas que ainda estão detidas. Continue a levantar os reféns restantes diante do Senhor”, disse.
Os 17 missionários e suas famílias foram sequestrados pela gangue 400 Mawozo em Porto Príncipe, no dia 16 de outubro. O sequestro aconteceu após o grupo deixar um orfanato situado a 30 km da capital haitiana.
Segundo a CNN Internacional, o grupo sequestrado é formado por cinco homens e sete mulheres, entre 18 e 48 anos, e cinco menores, entre 8 meses e 15 anos. Entre os cristãos, 16 são americanos e um é cadanense.
Wilson Joseph, o líder da gangue 400 Mawozo, ameaçou matar os reféns caso o resgate de 95 milhões de reais não fosse pago. No dia 9 de novembro, um alto funcionário do governo Biden disse que havia evidências de que alguns estariam vivos.
Os missionários do Christian Aid Ministries atuavam em todo o Haiti, ajudando crianças em idade escolar, distribuindo Bíblias e literatura cristã, fornecendo remédios, capacitando pastores haitianos e doando alimentos para idosos e vulneráveis.
Nos últimos meses, o grupo também trabalhava num projeto para reconstruir casas destruídas pelo terremoto, que atingiu o Haiti em agosto.